Gaspar terá a mais longa sessão do Tribunal do Júri já realizada na comarca

Oito pessoas serão julgadas por crimes que acabaram em um homicídio em julho de 2020. A vítima sobreviveu a duas outras tentativas.

A partir das 13h desta terça-feira (13/09/22), será realizada a mais longa sessão do Tribunal de Júri na Comarca de Gaspar. Durante três dias, 8 pessoas serão julgadas por crimes que terminaram na morte de um homem por disparos de arma de fogo.

O fato aconteceu em julho de 2020 no bairro Gaspar Mirim. A vítima já havia sobrevivido a duas tentativas de homicídio, a primeira em dezembro de 2019, e a segunda em junho de 2020.

Segundo denúncia do Ministério Público do Estado de Santa Catarina (MPSC), três mulheres e cinco homens foram responsáveis pelas duas tentativas de homicídio qualificado, uma com arma de fogo e outra com golpe de facão, além do crime que terminou com a execução. Todos são acusados de fazer parte de uma facção criminosa atuante em Santa Catarina, que por acreditar que a vítima teria deletado um dos membros à polícia, sentenciou a sua morte.

Dois réus serão julgados por tentativa de homicídio qualificado por dissimulação, motivo torpe e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima (por duas vezes), corrupção de menores e homicídio qualificado, por dissimulação, motivo torpe e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima; dois por tentativa de homicídio qualificado por dissimulação, motivo torpe e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. Os outros responderão por homicídio qualificado.

A juíza Griselda Rezende de Matos Muniz Capellaro, titular da Vara Criminal de Gaspar, presidirá a sessão que tem previsão para encerrar na quinta-feira (15/9). No total, 23 testemunhas foram arroladas. Durante todo o período da sessão, os jurados ficarão incomunicáveis para garantir o sigilo do voto.

Tendo em vista o grande número de réus, bem como a limitação de espaço do Salão do Júri, o acesso dos familiares da vítima e dos acusados será priorizado, com limitações. Os oito réus estão presos preventivamente, uma ré aguarda o julgamento em prisão domiciliar.