A Universidade Regional de Blumenau (FURB) foi convidada formalmente nesta semana pela UNITA, uma aliança pioneira de universidades europeias, para integrar o novo programa Geminae, que convidará 30 universidades das Américas do Norte e Latina, África e Ásia para associar suas instituições ao UNITA.
Além da FURB, apenas seis outras universidades brasileiras foram contempladas com o convite, entre elas as Universidades Federais da Bahia e de Viçosa, a Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e a Universidade de São Paulo (USP).
A UNITA é composta originalmente por seis instituições de ensino superior europeias, as Universidades da Beira Interior (UBI), Université de Pau et des Pays de L’Adour (UPPA), Université Savoie Mont-Blanc (USMB), Universitatea de Vest din Timisoara (UVT), Universidade de Zaragoza (UNIZAR) e a Università Degli Studi di Torino (UNITO).
Atualmente, a aliança reúne cerca de 165.000 estudantes e 13.000 colaboradores. Como o seu nome já diz, a UNITA tem as suas raízes na palavra italiana “unità”, que significa união, fazendo referência aos fortes vínculos e semelhanças que unem as universidades para a formação da aliança inovadora, que em breve se tornará maior.
Ligadas pelos idiomas, as instituições que integram a aliança utilizam línguas românicas, derivadas do latim, como o português, espanhol, francês, romeno e italiano. Além disso, também compartilham semelhanças geográficas, pois ficam localizadas em áreas montanhosas e em sua maioria, rurais, assim como se preocupam em pesquisar e estudar temas como a economia circular e energias renováveis.
A FURB foi uma das instituições convidadas pois está localizada em uma região de cidadania predominantemente europeia, e com produções acadêmicas que já contemplam as temáticas valorizadas pela aliança. Segundo a UNITA, o programa Geminae pretende “juntar sinergias e aprofundar o desenvolvimento dos territórios periféricos por meio da sustentabilidade e do desenvolvimento de áreas rurais e montanhosas, com base em três eixos estratégicos: economia circular, energias renováveis e herança cultural e, ainda, promover a formação focada no aluno, numa perspectiva de multiculturalidade e inclusão, de acordo com a herança europeia”.
Entre as vantagens de integrar a aliança estão a participação dos estudantes em um ambiente interuniversitário e multilíngue. Desta forma as universidades podem também construir cursos mais flexíveis, com mais mobilidade estudantil, tanto física quanto virtual, utilizando das novas ferramentas e espaços digitais como principais recursos. “As vantagens serão as diversas possibilidades de intercâmbio virtual. É uma ação que não implica grandes custos, mas em contrapartida a experiência intercultural, o conhecimento que isso agrega, é uma coisa fabulosa”, explica David Bilsland, coordenador de Relações Internacionais da FURB.
O programa terá início ainda neste mês de setembro, ao associar instituições de ensino superior fora da Europa para fortalecer a cooperação interinstitucional que já existe na UNITA. A FURB espera que ainda neste mês seja possível formalizar a aliança e que no mês de novembro algumas atividades já possam ter início.
Entre as oportunidades que a aliança traz para o ambiente acadêmico está o desenvolvimento de diversas frentes relacionadas à internacionalização, como atividades, seminários e programas realizados de forma conjunta para os níveis de graduação, pós-graduação, mestrado e doutorado, pós-doutorado e cursos de curta duração, além de projetos cooperativos para pesquisa e extensão.
David Bilsland explica que “o leque de atividades é gigantesco”. Entre as possibilidades ele destaca a dupla titulação, além da oferta de disciplinas, tanto de outras universidades para os estudantes da FURB, quanto da FURB para acadêmicos de outras IES, e ainda disciplinas realizadas de forma conjunta entre as instituições da UNITA.
As possibilidades não se estendem apenas para alunos e professores da FURB, mas para técnicos administrativos também. “Dentro das atividades também se prevê o intercâmbio de técnicos administrativos. Então a gente tem pela frente uma série de ações que convergem diante desse projeto”, conta o coordenador de Relações Internacionais da FURB.
Fonte: FURB