Fim de uma era: DOC e TEC são encerrados no sistema bancário brasileiro

Transferências deixam de existir após quatro décadas, abrindo espaço para métodos mais modernos como o PIX.

Foto: Secom

Nesta segunda-feira (15/01/24), às 22h, o sistema bancário brasileiro marca o fim de uma era com a descontinuação do Documento de Ordem de Crédito (DOC) e da Transferência Especial de Crédito (TEC). Após quatro décadas em operação, esses métodos de transferência de recursos entre instituições financeiras serão oficialmente retirados de circulação, tanto para pessoas físicas quanto jurídicas.

A decisão de encerrar estas modalidades de transferência foi anunciada no ano passado pelos bancos. O DOC, em particular, permitia o envio de recursos até as 22h, com a transação sendo processada no próximo dia útil. Caso realizado após esse horário, a conclusão ocorria em dois dias úteis. Já a TEC, utilizada principalmente por empresas para pagamento de benefícios a funcionários, também cai em desuso.

Este movimento segue a tendência de modernização do sistema financeiro, impulsionada pela popularidade do Pix. Lançado pelo Banco Central, o Pix oferece transferências instantâneas e sem custos para pessoas físicas, e rapidamente se tornou a modalidade preferida no Brasil. De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), com base em dados do Banco Central, as transações via DOC representaram apenas 0,05% do total no primeiro semestre de 2023, com 18,3 milhões de operações em um universo de 37 bilhões.

Em contraste com o DOC e a TEC, a Transferência Eletrônica Disponível (TED), introduzida em 2002 e usada principalmente para transferências de grandes valores, continua ativa. A TED permite o envio de fundos entre diferentes instituições até as 17h em dias úteis, com a transação sendo concluída em até meia hora.