A Federação Catarinense de Municípios (FECAM) assinou um protocolo de intenções com a Câmara Brasil-Rússia na manhã desta quinta-feira (4/2) com objetivo de desenvolver relações econômicas e financeiras. Nesse momento, o maior interesse dos municípios é pela compra da vacina Sputnik V, fabricada pelo Instituto russo Gamaleya, para imunização contra à COVID-19.
A reunião foi conduzida pelo presidente da entidade, Clenilton Pereira (prefeito de Araquari); com a participação virtual do presidente da Câmara Brasil-Rússia, Gilberto Ramos e a presença do senador Dario Berger.
A FECAM busca alternativas e parcerias como foi o caso da ida ao Instituto Butantan em dezembro, para garantir doses da Coronavac. Gilberto Ramos disse que a Câmara Brasil Rússia está disposta a construir relações com a federação. Ela tem relação direta com o fundo de investimentos que patrocinou e subsidiou todo o investimento em pesquisa no Instituto Gamaleya, responsável pela produção da Sputnik que tem 91,8% de eficácia.
Mesmo que o Ministério da Saúde compre todas as vacinas russas produzidas no Brasil, não haverá o suficiente neste ano para imunizar todos os brasileiros dos grupos de risco do Plano Nacional de Imunização. “Se conseguirmos acelerar a aquisição de vacinas, será muito importante”, observou Jailson Lima, médico especialista em saúde pública e consultor da área na FECAM, .
Segundo Jailson, é importante também considerar os trabalhadores especiais de empresas frigoríficas e portos como prioridade. O risco de contaminação deles é maior em função da mobilidade de produtos e pessoas.
Nesta semana deve ser finalizado o levantamento para saber quantas doses cada município já recebeu do Governo do Estado. Além de quais as vacinas e a organização da estrutura e logística para a aplicação. Com base nos dados, serão iniciadas videoconferências com os secretários de saúde e equipes responsáveis, para levantar as demandas e agilizar questões com o Governo do Estado.