Exposição de memórias indígenas vai até domingo

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O público pode visitar a Exposição Memórias Indígenas até domingo (19/6/16), no Museu da Família Colonial. A mostra foi dividida em núcleos para retratar a cultura, o contato com o homem branco e sua relação com a sociedade. Apresenta objetos etnográficos indígenas como cestas, mantas, lanças, arcos, flechas e imagens que retratam a convivência indígena a partir do contato com o homem branco.

Durante séculos, os índios dominaram as florestas que cobriam as encostas das montanhas, os vales e as bordas do planalto no Sul do Brasil. Eram nômades. Tinham muitas habilidades manuais, confeccionavam cestos de vários tamanhos, “combuquinhas” de argila para acondicionar alimentos e também suas armas. Fabricavam lanças, arcos e flechas.

As mulheres teciam fibras de urtiga que serviam de mantas para agasalho. Os homens caçavam, coletavam, pescavam e guerreavam. Quando das excursões, as mulheres carregavam todos os utensílios usados no dia a dia do grupo. Com a chegada do europeu ao Sul do Brasil, iniciou-se um processo de mudanças que até hoje não terminou. Nos primeiros anos da colonização, os atritos entre índios e não índios tiveram como razão imediata o medo e o desconhecimento que uma população tinha da outra, revelam os historiadores.

Hoje, a Terra Indígena Laklãnõ (TI) se estende ao longo do Hercílio e Plate, rios que formam a bacia do Itajaí-Açu. Criada no governo de Adolfo Konder, em 1926, denominada Posto Indígena Duque de Caxias, a área foi demarcada oficialmente em 1965 quando recebeu o nome de Ibirama. Com base nos dados fornecidos pela Funasa de José Boiteux, as terras indígenas são formadas por oito aldeias: Sede, Pavão, Figueira, Palmeira, Toldo, Bugio, Coqueiro e Barragem. Para cada aldeia existe um cacique responsável e um cacique geral que representa os Laklãnõ/Xokleng fora da TI.

Memórias Indígenas
Data e horário: até domingo (19) das 10h às 16h
Local: Museu da Família Colonial (Alameda Duque de Caxias – Rua das Palmeiras -, 64, no Centro Histórico)
Ingressos: R$ 3 (inteira) e R$ 1,50 (meia). Idosos com mais de 60 anos e crianças até 8 anos, entrada é gratuita. Após às 15h30, o ingresso é livre
Grupos podem agendar visitas pelo telefone (47) 3381-7516
Próxima exposição terá temática sobre o esporte na cidade

PorSérgio Antonello, SECOM / Blumenau

 

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