Entidades rebatem proposta que limita horário de vendas de bebidas alcoólicas

[pro_ad_display_adzone id=”179465″ popup=”1″ exit_popup=”1″ flyin_position=”bottom-left”]

 

Por Marquezan Araújo

As declarações do futuro ministro Osmar Terra, sobre limitar a venda de bebidas alcoólicas por bares e restaurantes, não agradaram entidades do setor que se manifestaram contra a ideia.

Representante de grandes empresas como Ambev e Heineken, o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja estimou o prejuízo para o setor, caso o horário de venda desses produtos sejam restringidos.

De acordo com o Sindicerv, a medida “pode agravar ainda mais a situação econômica do país, já que pode desempregar milhares de trabalhadores do setor de bares e restaurantes.”

Para Osmar Terra, a redução do horário de venda de bebidas alcoólicas ajuda a criar uma “política de redução da violência”. Já o Sindicerv rebate destacando que”experiências internacionais mostram que a restrição dos horários de venda de bebidas não é o que reduz os índices de violência, cujas causas são mais complexas.”

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, Abrasel, também rebateu as declarações do futuro titular da Cidadania. Para o presidente-executivo da entidade, Paulo Solmucci, “Não existe diagnóstico fácil que já resolva o problema da violência.”

Além disso, ele afirmou que a proposta de Osmar Terra vai na contramão do pensamento dos principais urbanistas do mundo, “que enxergam bares e restaurantes como pontos de luz nas ruas”, aumentando a segurança dos arredores desses locais .

A declaração de Osmar Terra foi dada em entrevista publicada no jornal O Globo, na última sexta-feira (21). O futuro ministro chegou a dizer que já discute o tema com o presidente eleito Jair Bolsonaro.

Em um segundo momento, pela rede social Twitter, o futuro ministro publicou um esclarecimento, afirmando que “não há qualquer decisão do futuro governo do presidente Bolsonaro sobre limitar venda de bebida alcoólica.

Segundo ele, o que foi colocado é dentro do contexto de propostas para reduzir pobreza e violência e limitar horário de venda noturna nos lugares mais violentos”.