Em Setembro de 2016, Georg Witschel, foi nomeado embaixador da Alemanha no Brasil e desde lá está visitando vários estados. Nesta terça-feira (14/02/17) esteve em Santa Catarina, quando foi recebido pelo governador Raimundo Colombo.
Os dois conversaram sobre a ampliação de parcerias e o fortalecimento das relações bilaterais, que se intensificaram ainda mais com o acordo assinado entre Santa Catarina e o estado alemão da Turíngia em 2016. A iniciativa prevê varias cooperações nas áreas econômica, cultural e de educação.
Witschel deve permanecer no Estado até sexta (17), quando deve visitar Blumenau, Joinville e Pomerode, cidades marcadas pela imigração alemã. Estão programadas visitas ao Instituto Carl Hoepcke, a Assembleia Legislativa do Estado, a Eletrosul e a filiada da Globo no Estado.
Uma dessas reuniões com foi na sede da FIESC (Federação das Indústrias do Estado de SC). Ele foi recebido pelo presidente Glauco José Côrte, o vice-presidente regional Tito Alfredo Schmitt, além de diretores executivos. Representando o governo estadual, estava o secretário de Assuntos Internacionais, Carlos Adauto Virmond Vieira.
Durante o encontro, foram discutidos aspectos relacionados à economia dos dois países e do Estado. Côrte expôs o modelo industrial catarinense, que é descentralizado, distribuído em todas as regiões do Estado. Também apresentou a estrutura de serviços da FIESC e das casas integradas.
Indagado pelo embaixador sobre quais os principais desafios do empresário catarinense, o presidente da Federação citou a elevada e complexa carga tributária, a legislação trabalhista e a infraestrutura. “Nosso principal problema é a infraestrutura física; os custos logísticos catarinenses estão acima da média nacional. O custo de transporte em Santa Catarina equivale a 14% do faturamento, contra uma média nacional de 11% e internacional de 9%”, afirmou.
Georg Witschel destacou que Brasil e Alemanha “vivem um forte encolhimento do comércio bilateral. Para este ano, esperamos uma recuperação ou pelo menos uma estabilização”, comentou. Ele destacou que os acordos entre Mercosul e União Europeia podem promover uma tendência de crescimento nos próximos dois anos.
Como grande exportador mundial, Witschel disse que a Alemanha pode ser afetada por eventuais medidas protecionistas do governo Trump, que poderiam ser compensadas com a abertura de novos mercados. “Alemanha e Europa consideram absolutamente necessário aproximar os mercados. Existe potencial enorme de aumentar o comércio e investimentos e de redução de barreiras tarifárias e não tarifárias. A Europa tem uma tendência de redução das alíquotas de importação de alimentos”, afirmou.
A FIESC também recebeu no mesmo dia a visita de Toshio Ikedao cônsul-geral do Japão em Curitiba.