Dólar alcança o menor valor dos últimos 12 meses

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (4/8/16) vendido a R$ 3,194, registrando uma queda 1,43%. A cotação fechou no nível mais baixo desde 21 de julho do ano passado, quando estava em R$ 3,173. Foi o terceiro dia seguido em que a moeda norte-americana fechou abaixo de R$ 3,20.

Segundo alguns analistas, a aprovação do impeachment pela comissão do Senado acabou influenciando o mercado financeiro. Tanto que durante toda a sessão, o dólar operou em baixa. A baixa acumulada em agosto foi de 1,5% e de 19,1% no ano.

Como nos últimos dias, o Banco Central vendeu US$ 500 milhões em contratos de swap cambial reverso, que equivalem à compra de dólares no mercado futuro. A operação, no entanto, foi insuficiente para conter a queda da moeda norte-americana.

No mercado de ações, o índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, subiu pela segunda sessão seguida e fechou com alta de 0,91%, aos 57.593 pontos. Com valorização acumulada de 32,9% em 2016, o indicador está no nível mais alto desde 5 de maio do ano passado (58.052 pontos).

As ações da Petrobras fecharam em alta, sendo as mais negociadas da bolsa. Os papéis ordinários, com direito a voto em assembleia de acionistas, subiu 0,92%, para R$ 12,01. Os papéis preferenciais, com preferência na distribuição de dividendos, encerraram com alta de 0,15%, vendidos a R$ 13,57.

Além de fatores políticos internos, o mercado financeiro foi influenciado pelo cenário internacional. Hoje, o Banco da Inglaterra (Banco Central do Reino Unido) cortou os juros básicos do país de 0,5% para 0,25% ao ano. A instituição anunciou ainda a aquisição de 60 bilhões de libras em títulos públicos para injetar dinheiro na economia do país, que vem enfrentando queda de investimentos após a aprovação do referendo de saída do país da União Europeia.

Juros mais baixos nos países desenvolvidos atraem capitais para países emergentes, como o Brasil. Isso porque os investidores aproveitam os juros mais altos nos países em desenvolvimento para embolsarem ganhos.

* Com informações da Agência Brasil