Na quarta-feira (25,) foi apresentado no Salão Nobre da Prefeitura, o projeto de reurbanização da Alameda Rio Branco e a Rua Nereu Ramos. O Samae irá trocar toda a tubulação antiga e sucateada, para depois realizar a recuperação asfáltica das ruas que serão implantadas a nova rede de água.
Para falar sobre esse e outros assuntos, entrevistamos Valdair José Matias, diretor presidente do SAMAE.
OBlumenauense: Como foi desenvolvido o projeto em parceria para a reurbanização dessa área central?
Valdair José Matias: Todos os projetos que nós desenvolvemos aqui, procuramos fazer em parceria, principalmente quando se trata de água e esgoto. Como já estava planejada essa reurbanização no centro, nós resolvemos unir esforços, fazer as obras necessárias e viabilizar recursos na ordem de R$ 2,95 milhões na região central. Serão implantadas novas redes com 1.753m para substituir a antiga em Blumenau, com mais de 50 anos. Elas são de ferro e já estão quase obstruídas pelo tempo, com vários vazamentos, o que também irá evitar a alta incidência de perda de água. A equipe técnica do Samae foi logo convocada para trabalhar nesse projeto que estamos implantando no Centro.
OBlumenauense: Quanto tempo foi de planejamento até identificar todos os problemas, fazer efetivamente o projeto, e qual a previsão para implantar toda essa nova rede de água?
Valdair José Matias: Iniciamos o trabalho em 2013. Nos primeiros seis meses conhecemos toda a estrutura, onde identificamos as necessidades pertinentes ao projeto para viabilizar os recursos. Em 2014 nós conseguimos um financiamento na Caixa Econômica de R$ 24 milhões, que nos possibilitou iniciar as obras. Se o clima permitir, elas devem ficar prontas até o final de fevereiro.
OBlumenauense: Dentro dos problemas que vocês encontraram no projeto dessa nova rede de distribuição de água em todo município, quanto da cidade teve que ser refeito?
Valdair José Matias: Nós encontramos muitas dificuldades. Já instalamos boosters, que são aquelas bombas de recalque, em 16 áreas especificas que tinham problemas de abastecimento. Após finalizar a implantação nessas regiões que necessitavam de bombeamento, nós iniciamos a troca da rede de água que já tinha expirado.
OBlumenauense: Em 2014, o Samae ofereceu aos blumenauenses que ainda não tinham uma caixa d’água, um financiamento para facilitar a aquisição. A intenção na época, conforme divulgado, era reduzir o problema com falta de água típica no verão. Como foi a procura?
Valdair José Matias: O projeto foi desenvolvido para aumentar a reservação de água das famílias que ainda não tem suas caixas de água, já que qualquer rompimento da tubulação na rua, deixava as pessoas desabastecidas. Apresentamos a proposta de parcelamento em até 24 vezes sem juros ao executivo, que nos deu respaldo para depois ser aprovado na câmara de vereadores. De acordo com nossas estimativas na época, 1.500 famílias não tinham caixa d’água. Desse total, 250 se cadastraram e apenas 17 procuraram o SAMAE para comprá-la. Isso nos frustrou um pouco, já que as pessoas não se preocuparam em garantir o armazenamento de água.
Por outro lado o SAMAE também está com sete grandes projetos de reservatórios para poder atender a demanda da região norte. Lá há uma necessidade grande de reservação, já que a população desses bairros cresceram, assim como a demanda.