Por Carol Sperb
Em todos os cantos do país, o churrasco está presente. Considerado um dos preparos mais tradicionais do fim de semana, a iguaria surgiu em terras tupiniquins com os tropeiros que vinham para o Sul do Brasil, em meados do século XVII. O sucesso do prato é tanto, que ele ganhou até uma data comemorativa: 24 de abril.
Para celebrar o dia, nada melhor do que acender a churrasqueira, escolher a melhor carne e reunir a família e os amigos para degustar. Caio Fontenelle, especialista no preparo, comenta que o churrasco é como um ritual. “É preciso pensar em cada etapa do processo, desde a escolha da carne, do carvão, até mesmo na melhor forma de servir”, diz. De acordo com ele, alguns quesitos são essenciais para garantir um bom prato. “A qualidade dos ingredientes, por exemplo, é essencial. Por isso, a minha dica é sempre procurar um local de confiança para fazer a compra da carne e dar preferência para opções embaladas à vácuo, que possuem mais cor, sabor, frescor e passam por uma perda mínima de nutrientes”, afirma.
A escolha dos cortes também deve ser levada em conta. Os mais nobres, como filé mignon, entrecot e picanha são mais suculentos e trazem a quantidade de gordura ideal para garantir a maciez. “Além disso, é preciso lembrar que peças inteiras exigem fogo médio ou brando e já os cortes mais finos precisam de mais calor”, explica Caio, que é sócio do Restaurante Figueira, de Blumenau, uma casa especializada em carnes. Ainda neste quesito, ele comenta sobre a importância de selar o ingrediente. “Selar nada mais é do que criar uma camada bem fina assada ao redor da peça de carne. Isso é feito em fogo alto. Assim, é possível conservar todos os sucos na parte interna da peça, garantindo mais suculência” diz.
A polêmica do ponto da carne
Essa questão exige bastante atenção e tem influência no sabor do prato. Segundo o especialista, existem cinco pontos para o preparo de carnes: mal passada, do ponto para mal, ao ponto, do ponto para bem e bem passada. O ideal é que ela esteja rosada por dentro. “Tudo depende da preferência de cada um, mas temos que ter em mente que o ponto da carne está diretamente ligado à sua maciez e suculência. Quanto mais passada a peça, mais rígida se tornará”, afirma.
Além disso, Caio comenta que a forma de servir também faz toda a diferença. “Comece com petiscos como linguicinhas e pães, depois vá para as carnes. Acompanhamentos como maionese, salada e farofa são boas opções. Para finalizar e surpreender, sirva uma sobremesa preparada na churrasqueira mesmo, como abacaxi, maçã e banana grelhadas, que podem ser acompanhadas de sorvete”, finaliza.