Depois de ser morto com três tiros, Luiz Carlos Henn foi jogado em um barranco

 

 

 

 

O delegado da Polícia Civil, Egídio Ferrari, concedeu uma entrevista coletiva em que revelou alguns detalhes do assassinato de Luiz Carlos Henn. O aposentado de 60 anos estava desaparecido há 22 dias.

Um suspeito está preso temporariamente por 30 dias. Ele é paraibano, mora em Blumenau há alguns anos, vivia em um imóvel alugado e até trabalhou como motorista de aplicativo durante a Oktoberfest de 2019. O homem já tem passagem policial por tentativa de homicídio, que segundo ele, foi uma briga em que estava casualmente com uma faca.

Segundo o depoimento dado ao delegado, no dia 5 de fevereiro, uma quarta-feira, o suspeito passou na frente da casa dos pais de Luiz e o rendeu com um revólver calibre 38. Sob ameaça, ordenou que o aposentado entrasse em seu próprio carro e os dois seguiram direto para um local isolado no bairro Vila Itoupava. Lá foram disparados três tiros no Luiz e o corpo jogado em um barranco. A polícia estima que isso tenha ocorrido entre 13h e 14h.

No dia seguinte, o criminoso foi com o carro da vítima até o condomínio onde ela morava para tentar buscar algo de valor. Ele tinha a chave do apartamento, mas como teve dificuldades em encontrar o imóvel, acabou desistindo e saiu do local.

No carro de Luiz tinham alguns pertences, como o celular que foi jogado em um rio (poderia ter rastreador), e o notebook, descartado às margens da BR-470. O veículo de Luiz foi abandonado logo depois.

O boletim de ocorrência comunicando o desaparecimento foi feito no mesmo dia e a Polícia Civil iniciou as investigações na quinta-feira (6). Na sexta, o carro foi encontrado. Já havia a suspeita de que a vítima pudesse estar morta, mas não havia nenhuma evidência.

As investigações apontaram para um suspeito que começou a ser monitorado. Ele acabou fugindo primeiro para o Paraná depois ao Rio Grande do Sul. Mas ontem, dia 26, voltou para Blumenau e foi visitar a irmã no bairro Garcia. Foi a oportunidade para levar o suspeito à delegacia.

Segundo o delegado, o homem confessou de forma fria os detalhes do homicídio, mas sem informar as motivações. O preso não era conhecido da família de Luiz. Agora as investigações buscarão à razão do crime e que outras pessoas podem estar envolvidas.

No final da tarde desta quinta-feira (27), o delegado Ferrari informou que outra pessoa tinha sido identificada e estava prestando depoimento. O nome de nenhum envolvido foi divulgado até o momento para não atrapalhar as investigações que levaram três semanas ininterruptas.

O corpo foi resgatado na tarde de hoje (27) depois que o suspeito levou a polícia ao local do assassinato. Estiveram no local o Corpo de Bombeiros e o Instituto Geral de Perícias.

O delegado disse que durante as investigações, muitas pessoas ligaram para saber se havia alguma novidade sobre o caso. Afinal todos ainda esperavam que se tratasse somente de um desaparecimento. Luiz foi descrito como  uma pessoa muito querida por todos, e junto com o irmão, dividia a tarefa de cuidar dos pais idosos.

 

Foto: Arnoldo Pahl