Sete pessoas foram presas na Operação “Blockchain”, coordenada pela Divisão de Investigação Criminal (DIC) da Polícia Civil de Itajaí. Durante a ação policial, foram cumpridos oito mandados de prisão temporária e quatro mandados de busca e apreensão.
A investigação começou em janeiro, após o assalto à residência de um empresário na Praia Brava, em Itajaí (SC). Na ocasião, três criminosos, portando armas de fogo, invadiram o imóvel, rendendo a vítima, seus familiares e funcionários.
Foram aproximadamente três horas de terror. Os assaltantes, violentos, ameaçaram os familiares e forçaram o empresário a transferir um determinado valor em criptomoedas. Joias, aparelhos eletrônicos e dinheiro também foram roubados. O prejuízo foi de aproximadamente R$ 1,2 milhão.
Prisões
Na quarta-feira (4/10/23), por meio de uma ação integrada com a Interpol, Ministério da Justiça, Polícia Federal e Polícia Federal Argentina, foram presos dois suspeitos que moravam em Buenos Aires. Nesta quinta-feira (5), em uma ação conjunta com a Polícia Civil de Sergipe (COPE e DIPOL), outro suspeito envolvido no assalto foi capturado na cidade de Itaporanga D’Ajuda (SE).
Em Santa Catarina, dois integrantes já se encontravam presos devido à operação “X”, deflagrada pela DIC de Itajaí, por participação em roubos a banco. Um integrante do núcleo de execução já estava preso por outro roubo à residência. Esses suspeitos tiveram mandados de prisão cumpridos em função dos novos fatos.
Outro suspeito foi capturado em sua residência em Balneário Camboriú, e ainda há um investigado que está foragido. Durante a ação policial, foram apreendidos aparelhos eletrônicos para auxiliar no aprofundamento das investigações.
Os presos foram encaminhados ao Sistema Penitenciário, onde ficam à disposição da Justiça. Eles respondem pelos crimes de roubo qualificado e extorsão qualificada. O Inquérito Policial será finalizado em até 30 dias.
Sequestro de dinheiro e criptomoedas
A partir do rastreamento das transferências, identificou-se que os valores foram encaminhados para contas na Argentina e no Peru, com o objetivo de dificultar o rastreamento dos montantes roubados, distribuindo o dinheiro por diversas carteiras digitais. Foi decretado o sequestro de valores de até R$ 1,2 milhão no sistema bancário e em corretoras de criptomoedas.
Apoio
As diligências contaram com o apoio dos seguintes órgãos:
- Divisão de Fugitivos da Representação da INTERPOL da Argentina (PFA) e do Brasil (PF);
- Oficiais de Ligação da INTERPOL e Polícia Federal Argentina (PFA) em atuação no Centro de Cooperação Policial Internacional (CPPI) da Polícia Federal no Rio de Janeiro/RJ;
- Setor de Capturas Internacionais da Polícia Federal (SECINT/PF);
- Centro Integrado de Operações de Fronteira do Ministério da Justiça e Segurança Pública (CIOF/SENASP/MJSP), com sede o PTI – Parque Tecnológico Itaipu em Foz do Iguaçu/PR; da Divisão de Inteligência e Planejamento da Polícia Civil (DIPOL) e do Centro de Operações Policiais Especiais (COPE) da Polícia Civil de Sergipe (PCSE);
- Gerência de Inteligência de Sinais e Laboratório de Tecnologia contra lavagem de dinheiro da Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO);
- Setor de Investigações Criminais (SIC) e do Núcleo de Operações com Cães (NOC) de Itajaí (PCSC).