Crise de água cria oportunidades para o sistema de construção a seco

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Drywall e Light Steel Frame são opções para não sobrecarregar meio ambiente

Texto: Letícia Oberger

O aumento das temperaturas e a falta de chuva trouxe um período de seca em várias regiões brasileiras. No país com o maior potencial hídrico do planeta, a falta de água já é uma realidade. Ao todo, a crise atinge cerca de 46 milhões de brasileiros, a maioria são moradores de São Paulo, e a Agência Nacional de Águas (ANA) estima que, ainda em 2015, falte água em 50% das cidades brasileiras. Por conta disso, a preocupação com o racionamento e, até mesmo, com a reutilização da água está presente no dia a dia das pessoas. Cada vez mais, surgem novas ideias para diminuir o impacto que as ações individuais têm no meio ambiente, como é o caso da construção civil.

Com projeção de crescimento em torno dos 2%, a construção civil hoje é responsável por 16% do consumo de água potável. A água faz parte da rotina de uma obra, desde o concreto, argamassas, chapiscos, rebocos, assentamento de tijolos (que são umedecidos) e também da limpeza das ferramentas de trabalho. Por exemplo, para a confecção de um metro cúbico de concreto são utilizados, em média, de 160 a 200 litros de água.

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Por isso, as indústrias têm apostado na construção a seco, um método construtivo que utiliza técnicas do drywall, composto por chapas de gesso acartonado, combinado com estruturas de aço galvanizado, conhecido como steel frame. “Com esta técnica, o consumo de água é mínimo. Utiliza-se água somente na massa de junta, porém com um teor muito baixo”, explica o engenheiro e diretor do grupo CentroPlac, Davi Zimmermann.

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Em Santa Catarina, a CentroPlac lidera este mercado e projeta um crescimento de 15% para este ano. A expectativa se dá pela evolução que a empresa vem mostrando. Em 2010, o volume de drywall era de aproximadamente dois mil metros quadrados por mês, enquanto em 2014 chegou a 50 mil metros quadrados por mês e mais de 10 mil metros quadrados por mês no Light Steel Frame.

“No último ano fizemos grandes investimentos em nossas lojas, treinamentos e novas parcerias. Começamos 2015 tendo também como suporte os produtos da norte-americana USG, empresa líder no sistema drywall e steel frame nos EUA, Canadá e México, e uma das maiores players da Europa. Mesmo com o dólar em alta, encontramos uma logística que favorece o nosso mercado”, destaca o engenheiro.