O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa Selic em 13,75% ao ano, em reunião realizada nesta quarta-feira (3/05/23). A decisão foi unânime e justificada pelo ambiente externo adverso, marcado por incertezas em relação aos bancos internacionais, além da persistência das pressões inflacionárias globais e incertezas fiscais.
O comunicado divulgado pelo Banco Central (BC) destacou que, em relação ao cenário doméstico, a desaceleração esperada da atividade econômica foi corroborada pelos indicadores recentes, apesar da maior resiliência do mercado de trabalho. No entanto, a inflação ao consumidor continua acima do intervalo compatível com a meta para a inflação, e as expectativas de inflação para 2023 e 2024 também aumentaram marginalmente.
Essa foi a sexta vez seguida em que o BC não mexeu na taxa Selic, que permanece no maior nível desde janeiro de 2017. Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, mas foi elevada 12 vezes consecutivas em meio à alta dos preços de alimentos, energia e combustíveis.
A Selic é o principal instrumento do BC para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). De acordo com o comunicado, a decisão de manter a taxa considerou também a desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que o projetado.
Quando a Selic está em alta, os juros cobrados pelos bancos também tendem a subir. Isso significa que ela também influencia os rendimentos de aplicações financeiras, como a poupança, os fundos de investimento e os títulos públicos.
O Banco Central usa as taxas Selic para controlar a inflação. Quando ela está alta, a taxa anual é aumentada para reduzir o consumo e assim contê-la. Por outro lado, quando a inflação está baixa, a sua redução vai estimular o consumo e a atividade econômica.
