Como agir quando aparecerem caramujos na sua casa ou terreno em Blumenau

Segundo a Vigilância Epidemiológica, esses animais são capazes de liberar até 500 ovos de uma só vez e podem transmitir doenças.

A chegada das chuvas ao final da tarde no verão acaba colaborando no aumento da população de caramujos, moluscos conhecidos por sua rápida reprodução e hábito de se alimentar de plantas. A Secretaria de Saúde, através da Vigilância Epidemiológica, tem orientado a população local sobre métodos eficazes para controlar o surgimento desses animais, sem a necessidade imediata de recorrer a moluscicidas, cujo manuseio deve ser feito somente por empresas autorizadas.

Segundo José Volnei Oliveira de Ávila, médico veterinário e membro da equipe de Vigilância Epidemiológica, a limpeza do quintal é uma medida inicial vital. A remoção de detritos como galhos, folhas e restos de madeira é essencial para eliminar os esconderijos e fontes de alimentação dos caramujos.

A equipe do órgão orienta que a captura deve ser feita nas primeiras horas da manhã e no fim da tarde, quando os moluscos saem para se alimentar. “A forma mais eficiente é pegá-los com as mãos, que devem estar protegidas com luvas ou sacos plásticos para evitar o contato com o animal, e quebrá-los”, comenta o profissional da saúde.

Em Blumenau há duas espécies de caramujos: o nativo e o africano, este último sem predador natural. Esses moluscos são capazes de liberar entre 200 a 500 ovos de uma só vez e podem transmitir doenças, atuando como hospedeiros para vermes. Ávila aconselha a coleta e destruição dos ovos, encontrados parcialmente enterrados, seguindo o mesmo procedimento para os caramujos adultos. Esmagar os caramujos coletados, cobri-los com cal virgem e enterrá-los é uma das técnicas recomendadas.

Em situações onde o enterro não é viável, a alternativa sugerida envolve o uso de uma solução de cloro (três partes de água para uma de cloro), onde caramujos e ovos devem ser submersos por 24 horas antes do descarte. É crucial quebrar as conchas antes do descarte para evitar a acumulação de água e a consequente proliferação de mosquitos. Para métodos mais extremos como água fervente ou incineração, de Ávila enfatiza a necessidade de segurança durante a execução desses procedimentos.