Comitê da Duplicação da BR-470 pede apoio às federações empresariais de Santa Catarina

 

Por Fabiana Roza

O movimento pela duplicação da BR-470, liderado pelo Sindilojas Blumenau com apoio de entidades da região do Vale do Itajaí, está prestes a ganhar mais um importante reforço na próxima semana. Na terça-feira (9/5/17), o Comitê da Duplicação da BR-470 vai se encontrar com representantes do Conselho de Federações Empresariais de Santa Catarina (Cofem), que reúne lideranças empresariais de todos os segmentos da economia catarinense e é formado por sete entidades, e secretariada pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). A reunião será realizada na sede da Fecomércio, em Florianópolis, às 11h.

A proposta do encontro com as federações é mobilizar toda a classe empresarial catarinense para ganhar peso na cobrança da conclusão da obra, que representará um grande impulso no desenvolvimento socioeconômico de todo o Estado. Até o momento, a duplicação entre os lotes 1 e 4 – que compreende o trecho de Navegantes a Indaial – está praticamente parada. “Todo cidadão do Vale do Itajaí percebe o volume fantástico de carros que se comprime no trajeto Blumenau-Gaspar – média diária de 35 mil veículos – e, lastimavelmente, vê que as obras iniciadas em 2013 nos quatro lotes seguem a passos muito lentos. É vergonhoso para uma rodovia tão relevante para a economia catarinense”, ressalta o coordenador do Comitê da Duplicação, o empresário e ex-prefeito de Blumenau, Felix Theiss.

Criado para aprimorar o diálogo entre os diversos setores da economia e dar o melhor encaminhamento para demandas comuns por meio de ações conjuntas, o Cofem terá papel fundamental para fortalecer o movimento. Além do envolvimento das mais de 40 entidades do Vale na mobilização, o Comitê pretende contar a partir desta reunião com o apoio também das sete federações catarinenses: Fiesc, Federação da Agricultura do Estado (Faesc), Federação das Associações Comerciais e Industriais (Facisc), Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas (Fampesc), Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), Federação do Comércio (Fecomércio) e Federação das Empresas de Transporte de Cargas (Fetrancesc).

Na opinião do presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, a ampliação da capacidade da BR-470 é uma demanda histórica dos catarinenses, tanto pela dinâmica atividade econômica das regiões do seu entorno, quanto pelo comprometimento da segurança e da fluidez da rodovia, diagnosticado desde o início da década de 1990. “Trata-se de um eixo estratégico para a logística catarinense. Em 2007 a obra foi inserida na primeira versão do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Passados 10 anos de promessas, hoje não há nenhuma estimativa confiável de prazo para a sua finalização. Por isso, a mobilização empresarial e política é fundamental para buscar a execução da obra”, destaca Côrte.

O presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt, ressalta que a duplicação da BR-470 é uma das obras de infraestrutura mais urgentes para o escoamento da produção catarinense, já que dá acesso ao principal porto do Estado, o de Itajaí. “A obra é urgente para a integração de toda a região do Vale do Itajaí. A atual situação de sobrecarga e de má condição da rodovia ocasiona atrasos nas entregas de mercadorias, sem contar os riscos a que está sujeita a população em estradas cujo tráfego está acima de sua capacidade. Por fim, é necessário haver um projeto de integração estadual, visto que uma das principais vias de acesso da BR 470, a BR-282, também necessita de sua duplicação, especialmente na região Oeste, uma das mais importantes regiões exportadoras de Santa Catarina”, afirma.

Mobilização política

Entre as próximas ações planejadas pelo Comitê estão encontros com a classe política catarinense. Reuniões também estão sendo programadas com senadores, deputados federais e estaduais de Santa Catarina, prefeitos e presidentes das Câmaras de Vereadores do Vale do Itajaí, além do governador do Estado, Raimundo Colombo. “O passo seguinte será a formação de uma caravana com destino à Brasília, representada por entidades de classe e políticos, para realmente endurecer a pressão sobre o Governo Federal e comprometê-lo nos investimentos”, enfatiza Felix Theiss.