O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Corregedoria Regional do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (TRT12) deram início a investigações sobre o comportamento da juíza Kismara Brustolin, atuante na Vara do Trabalho de Xanxerê, Santa Catarina, após um incidente ocorrido em uma audiência virtual no dia 14 de novembro. A magistrada, que exigiu ser chamada de “Excelência” e chamou um homem de “bocudo” durante o procedimento, foi alvo de um vídeo viral nas redes sociais, expondo sua conduta agressiva.
Luis Felipe Salomão, corregedor-nacional, determinou a abertura de uma reclamação disciplinar contra Brustolin, concedendo-lhe um prazo de 15 dias para apresentar sua defesa prévia. A decisão aponta possíveis violações aos deveres funcionais da magistratura, incluindo a falta de urbanidade para com advogados, partes e testemunhas.
Paralelamente, a Corregedoria Regional do TRT12 também instaurou um procedimento de investigação e suspendeu as audiências futuras da juíza. A seccional catarinense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) solicitou providências para evitar a repetição de tais condutas.
O caso ganhou notoriedade quando o vídeo da audiência mostrou Brustolin se alterando com a testemunha, exigindo um tratamento formal e ameaçando desconsiderar seu depoimento caso não fosse atendida. A testemunha expressou confusão diante das exigências da magistrada, que respondeu com gritos e repetidas ordens.