Causa do incêndio da Penitenciária de Florianópolis está sendo apurada

Dos três mortos na ala com 46 detentos, apenas um era de Santa Catarina. Os outros dois eram da Bahia e do Ceará.

Foto: Ricardo Wolffenbüttel [SECOM/SC]

A causa do incêndio na cela 22 da ala de adaptação do Complexo Prisional de Florianópolis que aconteceu nesta quarta-feira (15/02/23) está sendo apurada por peritos dos Bombeiros Militares, com o suporte da Polícia Científica. A ação rápida dos policiais penais que atuam na penitenciária ajudou a reduzir o número de vítimas.

A ala tinha 46 detentos quando foram identificadas as chamas, quando o local foi evacuado e 40 deles receberam atendimento no local. Quatro policiais precisaram de atendimento médico por conta do risco em que se colocaram ao realizar a evacuação. Nove apenados que se encontravam em gravidade média, por terem inalado fumaça, foram encaminhados para hospitais. Não há registro de rebelião, ou de choque de ordem.

“Não houve qualquer movimento de motim ou rebelião. Todas as forças de segurança pública deram todo o suporte necessário. Ainda não sabemos o motivo do incêndio. Vamos esperar agora o laudo oficial da perícia”, afirmou o secretário adjunto da Administração Prisional e Socioeducativa, Neuri Mantelli.

As equipes do Governo do Estado foram acionadas às 12h33 para atendimento de ocorrência de incêndio na Penitenciária de Florianópolis. O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) foi a primeira equipe externa a chegar ao local.

Foto: Ricardo Wolffenbüttel [SECOM/SC]
Três homens foram retirados inconscientes pelos bombeiros, com tentativa de reanimação, por bombeiros, SAMU e enfermeiros da penitenciária. Os óbitos deles foram confirmados ainda no local. As vítimas foram identificadas como Danilo Barros (Bahia); Jerberson Souza (Ceará) e Robison da Silva (Ponte Serrada/SC)

A equipe do Samu realizou a triagem dos presos, junto com a PMSC e o DEAP, para verificação de mais feridos ou intoxicados. Todos os detentos do local receberam atendimento médico.

A estrutura da Secretaria da Administração Prisional atuou com as forças de segurança (CBMSC, PMSC e PCI), além da Secretaria de Estado da Saúde. A equipe de serviço social da penitenciária está em contato com os familiares dos detentos.

Estiveram presentes no local seis equipes dos bombeiros, com viaturas de combate a incêndio, além de três ambulâncias avançadas do SAMU, um helicóptero, e diversas viaturas das forças de segurança.

Desde o acionamento da Polícia Miliar, todo o aparato disponível foi mobilizado para o restabelecimento da ordem pública. A PMSC manterá sua estrutura empregada para a manutenção da ordem pública junto aos estabelecimentos hospitalares e similares, conforme demanda apresentada pelo sistema de administração prisional.

Fonte: Governo de Santa Catarina