Casos de Febre do Oropouche chegam a 151 somente no Vale do Itajaí

Luiz Alves, Botuverá e Blumenau continuam sendo os municípios mais afetados na região. Em Santa Catarina, há um total de 169.

Foto: Bruna Lais Sena do Nascimento [Laboratório de Entomologia Médica/SEARB/IEC] | Imagem divulgada pela Agência Brasil

Santa Catarina já registra 169 casos de Febre do Oropouche, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde. Os dados foram atualizados nesta quinta-feira (8/08/24) pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica e do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-SC). Destaca-se o Vale do Itajaí, que concentra 151 desses casos em todo estado.

O primeiro caso foi confirmado no estado no final de abril. Desde então, as Secretarias Municipais de Saúde, em conjunto com o Estado, têm intensificado ações para sistematizar informações dos casos suspeitos e confirmados, como deslocamentos, sintomas e quadro clínico. Além disso, está sendo realizada a coleta de vetores para levantamento entomológico e o encaminhamento de amostras para testagem no Lacen-SC, visando fortalecer a vigilância da doença.

Os sintomas da Febre do Oropouche são semelhantes aos da dengue e chikungunya: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia. Não há tratamento específico para a doença, sendo necessário repouso e tratamento sintomático, com acompanhamento pela rede municipal de saúde.

O município de Luiz Alves lidera com 89 casos confirmados, seguido por Botuverá, com 37, e Blumenau, com 10. Outros municípios da região que registraram casos incluem Brusque, Ilhota, Benedito Novo e Guabiruba.

  • Luiz Alves: 89
  • Botuverá: 37
  • Blumenau: 10
  • Brusque e Schroeder (14): 7 casos em cada cidade
  • Ilhota: 6
  • Corupá: 3
  • Antônio Carlos e Tijucas (4): 2 casos em cada cidade
  • Benedito Novo, Canelinha, Guabiruba, Guaramirim, Jaraguá do Sul e São Martinho (6): um  caso em cada cidade

A doença

A febre do Oropouche é uma doença transmitida pelo Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Por conta da predileção do mosquito por materiais orgânicos, a recomendação é que a população mantenha quintais limpos, evitando o acúmulo de folhas e lixo orgânico doméstico, além de usar de roupas compridas e sapatos fechados em locais com muitos insetos.

Números

Dados do ministério indicam que, até 6 de agosto, foram registrados 7.497 casos de febre do Oropouche em 23 estados brasileiros ao longo de 2024. A maior parte dos casos foi identificada no Amazonas e em Rondônia. Até o momento, duas mortes foram confirmadas na Bahia e um óbito em Santa Catarina está em investigação.

Morte de bebê no Acre

O Ministério da Saúde divulgou nesta quinta-feira (8) um caso inédito e preocupante: um bebê, nascido no Acre, veio ao mundo com anomalias congênitas graves após a mãe ter sido infectada pelo vírus Oropouche durante a gestação. A criança, que apresentava microcefalia e outras malformações, não resistiu e faleceu aos 47 dias de vida.

A mãe, de 33 anos, começou a sentir os primeiros sintomas – febre e erupções na pele – ainda no segundo mês de gravidez. Após o nascimento do bebê, exames realizados pelo Instituto Evandro Chagas, em Belém, confirmaram a presença do material genético do vírus Oropouche em diferentes tecidos da criança, levantando um alerta sobre a possível relação entre a infecção e as graves anomalias.


 

 


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