Casos de crianças e adolescentes com Covid-19 cresce em Gaspar (SC)

Ana Luíza, aluna do CDI Ivan Carlos Debortoli Duarte.

 

 

 

Ana Luíza, aluna do CDI Ivan Carlos Debortoli Duarte.

 

A Covid-19 avançou em julho na cidade de Gaspar atingindo todas as faixas etárias. De acordo com a prefeitura, um que no início da pandemia era pouco representado nas estatísticas, teve um aumento significativo. Atualmente há 10 casos confirmados de crianças de 0 a 12 anos e 25 de jovens entre 13 e 18 anos.

Nas crianças, os sintomas são semelhantes aos de um resfriado, como tosse, febre e coriza. Em alguns casos, pode também ocorrer diarreia e vômito. Os cuidados são os mesmos para todas as faixas etária, como práticas de higiene que ajudam a evitar a propagação do vírus e principalmente restringir o contato social.

Isso porque em crianças menores de dois anos, não é indicado o uso de máscaras, diz a diretora de vigilância em saúde de Gaspar, Jicéli Petró. A orientação aos responsáveis é evitar ao máximo que elas fiquem fora de casa.

De forma online, as escolas municipais de Gaspar estão realizando constantemente ações para incentivar o hábito das práticas preventivas contra a propagação do vírus. A exemplo disso, o CDI Dorvalina Fachini, trabalha com os alunos sobre a lavagem correta das mãos e orientações sobre o coronavírus.

Na escola EEB Ferandino Dagnoni, as professoras da educação especial do município, Josiane Cristina de S. Berner, Vanderléia Lima V. Aguiar e Josiani Bernardo Calefi, trabalharam com os alunos o ‘Projeto Saúde AEE’ que proporciona aos estudantes diversas atividades com a temática de saúde. Durante o período eles aprenderam sobre os cuidados com a Covid-19, formas de prevenção, higienizar as mãos, aprimoraram a leitura e a escuta por meio de literaturas sobre a temática.

Volta às aulas

Com as aulas suspensas pelo menos até setembro devido ao decreto, do Governo do Estado, o direito ao isolamento social das crianças está garantido. Sem definição para a volta às aulas, a Secretaria de Educação do município avalia cautelosamente se há segurança garantida para o retorno das aulas. Uma equipe técnica da SEMED e a secretária de Saúde e demais órgãos competentes, preparam um protocolo de retorno, com regramentos e ações necessárias para garantir a segurança da comunidade escolar. Gaspar também tem participado de discussões a nível estadual e regional e buscado referências em locais onde as atividades já foram retomadas.

Um estudo publicado pela Fiocruz, o retorno precipitado dos alunos em sala de aula presencial, poderá representar um aumento expressivo de casos de covid-19. Segundo a pesquisa, cerca de 9,3 milhões de brasileiros que são idosos ou adultos com problemas crônicos de saúde e que pertencem ao grupo de risco, vivem na mesma residência que crianças e adolescentes em idade escolar.

O retorno da atividade escolar, poderá colocar estudantes em potenciais situações de contágio. “O problema é que, se forem contaminados, esses jovens poderão levar o vírus Sars-CoV-2 para dentro de casa e infectar parentes de todas as idades que tenham doenças crônicas e outras condições de vulnerabilidade à Covid-19, representando uma brecha perigosa no isolamento social que essas pessoas mantinham até agora”, destaca Fiocruz.