Blumenau e suas Histórias: conheça a Casa Comercial de Maximilian Merck

Rua XV de Novembro, em Blumenau | Foto: Arquivo Histórico José Ferreira da Silva

 

 

 

 

Rua XV de Novembro, em Blumenau | Foto: Arquivo Histórico José Ferreira da Silva

 

Por Ana Maria Ludwig Moraes | Historiadora

No quesito paladares exigentes, herdamos das memórias de Otto Stange , os produtos e cuidados que a Casa Comercial de Maximilian Merck oferecia aos clientes: “(…) principalmente lentilhas, as mais frescas que se consegue na cidade. Sra. Merk, uma mulher muito gentil, (…) nos serve com muito prazer e oferece suas outras mercadorias: ervilhas, feijão branco, arroz da índia, sal fino (…), etc.” Para conservá-lo no clima úmido de Blumenau, ela toma algumas medidas para conservá-lo: “(…) é preciso colocar os saquinhos de vez em quando, em cima da parte cimentada do fogão, perto da chaminé”.

 

 

M. Merck: Comércio de gêneros alimentícios e especiarias. Recém chegados: todos os artigos pertencentes ao ramo e aqui vendáveis. Principalmente recomendados: chocolate de Suchard; o mais fino cacau, queijo de ervas e de Lages, anchovas, ervilhas, amêndoas, sardinhas em óleo, frutas em conservas, chá preto muito fino, mostarda Estragon, caviar dos Urais, mirtilo, atum em óleo, fermento, etc. etc.

O comerciante era Maxilimian Merck, foi um dos primeiros moradores de Blumenau, atuando como membro de diretorias na “Neue Deustche Schulle” e “Kulturverein”. À época dos movimentos políticos do início dos anos noventa, quando Blumenau viu-se envolvido em dissenções variadas, Merck esteve em situação bastante delicada, embora seu histórico de cidadão atuante em favor do município.

Artigos finos de uso doméstico, iguarias presentes nas mesas europeias, se faziam acompanhar de tecidos de boa qualidade, tais como linhos, sedas, lã e algodão…mas isto deixaremos para mais tarde!

Até lá!

¹ BC 1961 Ed.11 págs. 214/215 – trecho das memórias de Otto Stange
²Publicado em Blumenauer Zeitung 10 de março de 1900.