Milhares de pessoas saíram às ruas de cidades como Berlim, Frankfurt (ambas na Alemanha), Londres (Inglaterra), Paris (França), Genebra (Suíça), Helsinque (Finlândia), Atenas (Grécia), Sydney (Austrália), entre outras, para demonstrar solidariedade à Ucrânia e repudiar a invasão do país pela Rússia.
A guerra que começou na quinta-feira (24/02/22) já fez com ucranianos cruzassem a fronteira de países vizinhos, metade deles para a Polônia e muitos para a Hungria, Moldávia e Romênia. Mais de 365 mil tiveram que sair de suas casas na Ucrânia desde o começo da invasão por tropas russas.
Uma agência das Nações Unidas relatou que 64 civis foram mortos e que a Ucrânia teria matado mais de 4 mil soldados inimigos. Já foram destruídas pontes, estradas e usinas elétricas que deixaram milhares de pessoas sem eletricidade ou água. Algumas dessas pontes, pelos próprios ucranianos, como uma estratégia para atrasar o avanço das tropas russas.
Os bombardeios danificaram e destruíram centenas de casas e prédios, atingindo em cheio a população civil. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, escreveu em seu twitter que a Ucrânia entrou oficialmente com uma ação contra a Rússia no Tribunal Internacional de Justiça da ONU em Haia. “Exigimos que a Rússia seja responsabilizada por distorcer o conceito de genocídio para justificar a agressão. Pedimos ao tribunal que ordene imediatamente à Rússia que cessem as hostilidades e agende uma audiência na próxima semana” disse.
Zelensky rejeitou uma oferta russa de negociações que seria realizada no país vizinho, Belarus, neste domingo (27). Parece até piada que Vladimir Putin leve o seu principal alvo ao país aliado da Rússia, de onde partiram vários ataques e estavam posicionadas tropas militares. Os bravos ucranianos resistem de forma surpreendente à invasão e Zelensky disse que está aberto a negociações, em locais neutros.
A Ucrânia tem cerca de 44 milhões de habitantes e conquistou a independência em 1991 com a queda da União Soviética. A Rússia quer recuperar o domínio no país vizinho que está em uma posição estratégica. A principal motivação da guerra foi o interesse da Ucrânia em entrar na OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e na UE (União Europeia), entidades em que os Estados Unidos mantêm forte liderança.
Dentro da Rússia, pelo menos 2 mil pessoas foram presas durante as manifestações pelo fim da invasão. Uma petição assinada por centenas de médicos russos já se posicionou contra a iniciativa de Putin, que tem feito de tudo para evitar que a imprensa divulgue informações contra o seu governo, referente ao conflito.