Artesãos de Pomerode se unem e empreendem um espaço dedicado à arte local

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Por Tamires Kardauke

Pedaços de madeira, fios e restos de tecidos transformados em verdadeiras obras de arte. Esse é o trabalho realizado pelos artesãos de Pomerode, que entre um ponto de crochê e outro, buscam uma nova forma de renda. Mesma expectativa dos marceneiros, que depositam em suas delicadas peças de madeira a vontade de transformar a arte em um negócio rentável. O artesanato em Pomerode sempre encheu os olhos de moradores e turistas, mas até bem pouco tempo não era encontrado em locais de fácil acesso aos compradores. Não de maneira conjunta.

 

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Por isso, artesãos da cidade se uniram para empreender. Juntos, criaram um espaço para vendas em frente ao Centro Cultural de Pomerode, parada obrigatória para os turistas. A novidade é uma iniciativa do Núcleo de Economia Criativa de Pomerode, da Associação Empresarial de Pomerode (ACIP), criado com o propósito de auxiliar os artistas na gestão de seus negócios. “Percebemos que há muitos trabalhos com grande potencial de venda na cidade, o desafio é fazer com que o artesão consiga chegar ao cliente já que é ele quem cuida da própria produção. Com isso, falta tempo para investir nas ações comerciais”, explica Maurício Nienow, consultor de Núcleos Setoriais da ACIP. No espaço estão os produtos de 47 artesãos, que se dividem em todas as etapas de uma loja, desde o atendimento até o controle do fluxo de caixa.

“Não existem peças iguais. Cada pessoa que leva um produto feito artesanalmente leva um pedacinho de quem o fez junto”. É com essas palavras que Dirce Goede, artesã há 49 anos resume o amor pelo artesanato. Ainda menina, aprendeu a dar os primeiros pontos de crochê com a tia, atividade que foi desenvolvendo durante a adolescência através de cursos. A atividade que antes era um passatempo se transformou em fonte de renda. Mais do que isso, a atividade proporcionou à Dirce novas oportunidades, como a faculdade de História. “O trabalho realizado pelo Núcleo de Economia Criativa valoriza o trabalho feito por nós, reforçando a paixão que temos por cada peça. Vejo que as pessoas que vêm até a loja não estão a procura de uma peça específica, normalmente optam por aquilo que as encanta. Esse reconhecimento é gratificante”, complementa.