AMPE de Gaspar e Ilhota envia nota de posicionamento sobre os bloqueios

A entidade que representa empresários região disse que essas ações "não podem servir de punição para posicionamentos políticos discordantes".

Arte: Claus Jensen [OBlumenauense]

A Ampe de Gaspar e Ilhota divulgou uma nota na manhã deste dia 1º de novembro de 2022, se posicionando sobre as barreiras e bloqueios na região. A entidade diz que esse tipo de mobilização não pode servir de punição para posicionamentos políticos discordantes. Lembrando que tudo começou com quem se opõe ao resultado do pleito presidencial que elegeu Luís Inácio Lula da Silva no domingo (30/10).

Da forma que as manifestações estão sendo feitas, interferem na rotina de pessoas que precisam trabalhar para garantir o sustento de seus empreendimentos, de suas famílias e daqueles precisam de atendimento médico. Não só pelo acesso às unidades, mas porque muitos profissionais não conseguem chegar ao trabalho.

A nota cita o prejuízo nas transportadoras, que estão sendo prejudicadas em um período do ano em que a demanda aumenta. A AMPE diz que os manifestantes estão prejudicando a si mesmos e quem está pagando a conta com as rodovias fechadas somos todos nós.

Confira a nota na íntegra:

Nota de Posicionamento Ampe Gaspar e Ilhota
Gaspar, 01 de novembro de 2022.

A Associação das Micro e Pequenas Empresas de Gaspar e Ilhota (Ampe) vem a público juntar-se as declarações da Associação Empresarial de Gaspar (Acig) e Associação Empresarial de Blumenau (Acib) rechaçando medidas de boicote ou manifestações que interfiram na rotina de pessoas que precisam trabalhar para garantir o sustento de seus empreendimentos, de suas famílias – ou quiçá, daqueles que, por urgência, precisam de atendimento médico.

O bloqueio de rodovias, como vem ocorrendo no país, inclusive em Santa Catarina, não pode servir de punição para posicionamentos políticos discordantes.
A liberdade de expressão deve ser assegurada, no entanto, não pode intervir da forma negativa como vem se materializando nas últimas horas. O empresariado gasparense – e do Vale do Itajaí como um todo – não pode sentir mais esse peso na sua rotina.

Assim como citou a Associação Empresarial de Blumenau (Acib) a paralisação é inconcebível e inconsequente e causa prejuízos para as operações das empresas da região, levando em consideração que o último dia do mês costuma ter faturamento maior nas indústrias. Além disso, interfere na chegada de matérias-primas, comprometendo o cumprimento de prazos. Independentemente do resultado das eleições, é preciso serenidade para seguir em frente e rodar os negócios. A ação afeta também a mão-de-obra, muitos trabalhadores não conseguiram chegar ao trabalho por conta do bloqueio.

Tem gente que precisou voltar para casa. No caso das transportadoras, é pior ainda, porque eram para estar vindo coletar os faturamentos, que sempre é sempre maior nos últimos dias dos meses. Os manifestantes estão prejudicando a si mesmos. Quem está pagando a conta em razão das rodovias fechadas somos todos nós.”

Douglas Junkes
Ampe Gaspar e Ilhota