Penha (SC) – O Santa Catarina Moda e Cultura (SCMC) tinha vários motivos para levar os executivos de empresas ligadas ao movimento ao Beto Carrero World. A visita, que aconteceu no último sábado (7/5/16), foi motivada pelo case de sucesso do empreendimento localizado em Penha. Vale destacar o desafio na criação de valores intangíveis e a integração desses profissionais e de suas famílias a um ambiente inovador e único no país. Participaram do encontro 48 pessoas, que foi realizado por Rui Hess de Souza, diretor de varejo e marketing da Karsten, e Giuliano Donini, presidente da Marisol.
Depois de assistir aos espetáculos Velozes e Furiosos e Madagascar, a comitiva foi recebida pelo CEO do parque, Rogério Siqueira. Segundo ele, a expectativa é que o Beto Carrero World receba este ano 2,2 milhões de pessoas e que até 2024 sejam 6 milhões de visitantes anuais. “Nós trabalhamos para entregar um sonho diferente todos os dias. Não sabemos qual é o tamanho da expectativa das pessoas que chegam do Brasil e do mundo para nos visitar, mas precisamos atingi-la”, comenta.
O executivo destacou que, embora essa missão pareça lúdica, é necessário muito trabalho e gestão para que os sonhos das pessoas possam se realizar. “Por exemplo, sonhos têm preço? Sabemos que não, mas precisamos trabalhar para que a nossa gestão seja eficiente e, especialmente, para que o visitante que saia daqui tenha a sensação de ter realizado algo que vai ficar na memória para sempre”, defende Rogério.
Parcerias com a Universal e DreamWorks motivam crescimento
Também participou da conversa com os executivos do SCMC o gerente de planejamento estratégico, Victor Hugo Loth. De acordo com ele, de 2011, quando o parque firmou as parcerias com os estúdios internacionais, até 2015, o crescimento de público foi de 64% e de faturamento de 111%. “Os relacionamentos com a Universal e com a DreamWorks não foram uma ruptura, mas, sim, uma continuidade do conceito inicial, que sempre foi posicionar o Beto Carrero World como uma atração para a família”, comentou.
A primeira parceria aconteceu com a Universal. Na época, o parque já tinha um show de carros e motos em manobras arriscadas, chamado de Extreme Show. A partir de 2012, com o acordo, passou a se chamar Velozes e Furiosos e ter relação com o filme, que é uma das maiores e mais rentáveis franquias do mundo. “A Universal agregou um valor de marca que motiva muitas pessoas a virem para o Beto Carrero. Velozes e Furiosos é um nome autoexplicativo, conhecido no mundo inteiro”, comenta.
Já com a DreamWorks, foi firmada uma aliança estratégica que envolve todos os personagens do estúdio. Foi esta parceria que permitiu que, em 2014, o parque inaugurasse a área temática de Madagascar e estreasse o show ligado ao filme. “Fomos eleitos pela própria DreamWorks como o melhor show de todos os espaços onde eles estão no mundo”, destaca Victor Hugo.
Além dos ganhos em termos de marca, ele destaca que essas parcerias trouxeram um aprendizado muito grande para o parque. “Acho que o principal deles foi ainda mais foco no detalhe. O posicionamento das estátuas e os movimentos que cada personagem faz precisam ser verossímeis aos filmes. Pode parecer só um detalhe bobo, mas faz parte da experiência completa de quem está conosco”, finaliza.
Beto Carrero: nove anos sem ele, vivendo o mesmo sonho
Em 2008, o fundador e idealizador do parque, Sérgio Murad, faleceu aos 70 anos. Rogério explica que nada mudou nos valores e na missão do parque deste então. “Nós trabalhamos todos os dias para realizar um objetivo que era dele, mas passou a ser nosso também: entregar um sonho diferente todos os dias. Todas as nossas decisões são pautadas nisso”, destacou. “Porém, ao contrário da Walt Disney, que evoca o fundador a todo momento no posicionamento do empreendimento, nós entendemos que o Beto Carrero precisa estar nas atrações, na inovação e no encantamento”, finaliza.
Por Marina Melz