Homem e mulher são vítimas fatais do vírus H1N1 em Blumenau

Depois de 21 dias internada na UTI do Hospital Santa Catarina, morreu na sexta-feira (25/3/16) a primeira vítima de gripe A em Blumenau. No sábado (26), um morador de 43 anos do bairro Progresso, também teve óbito diagnosticado pela mesma causa, depois de ficar cerca de 3 semanas internado na UTI do Hospital Santa Isabel.

As duas mortes foram causadas pelo vírus H1N1 e não integravam o grupo de risco, que recebe vacinas gratuitamente pelo sistema público de saúde. Existem outras seis que receberam o mesmo diagnóstico em Blumenau, e são monitorados pela Vigilância Sanitária da cidade. Os nomes das vítimas não foram divulgados.

Em outubro de 2014 foi registrada a última morte por gripe A no município. O que mais preocupa é a falta de vacinas contra a doença na rede pública e particular em Blumenau.  Na semana passada, a gerente da Vigilância Sanitária, Ivonete dos Santos, alertou para a grave situação na cidade, quando informou que o número de infectados pelo vírus H1N1 subiu de três para sete.

A gripe H1N1, também conhecida como suína ou influenza A,  tem período de incubação de 3 a 5 dias. A transmissão pode ocorrer pelo contato direto com animais ou objetos contaminados e de pessoa para pessoa, por via aérea ou através de partículas de saliva e secreções das vias respiratórias. Ela pode ocorrer antes de efetivamente aparecerem os sintomas.

Os sintomas da gripe A são semelhantes aos causados pelos vírus de outras gripes. Mas é importante ficar atento, caso a pessoa apresentar febre alta acima de 38º ou 39º, de início repentino, dores musculares, de cabeça, garganta e  nas articulações. Além disso ocorre irritação nos olhos, tosse, coriza, cansaço, inapetência e também podem surgir quadros de vômitos e diarreia.

A partir desse momento é essencial buscar orientação médica para evitar que a doença piore, contagie outras pessoas e também seja feito o diagnóstico correto. Não é recomendável a automedicação, porque o uso dos remédios incorreto pode facilitar o aparecimento de cepas resistentes à medicação.

Os princípios ativos fosfato de oseltamivir e zanamivir, presentes em alguns antigripais (Tamiflu e Relenza) e já utilizados no tratamento da gripe aviária, têm-se mostrado eficazes contra o vírus H1N1, especialmente se ministrados nas primeiras 48 horas, que se seguem ao aparecimento dos sintomas.

Para se proteger contra a infecção ou evitar a transmissão do vírus é recomendado:

  • Lavar frequentemente as mãos com bastante água e sabão ou desinfetá-las com produtos à base de álcool;
  • Jogar fora os lenços descartáveis usados para cobrir a boca e o nariz, ao tossir ou espirrar;
  • Evitar aglomerações e o contato com pessoas doentes;
  • Não levar as mãos aos olhos, boca ou nariz depois de ter tocado em objetos de uso coletivo;
  • Não compartilhar copos, talheres ou objetos de uso pessoal;
  • Suspender, na medida do possível, as viagens para os lugares onde haja casos da doença;
  • Procurar assistência médica se surgirem sintomas que possam ser confundidos com os da infecção pelo vírus da influenza tipo A.