De acordo com o Epagri/Ciram teremos Trimestre com chuva acima da média em SC, sobretudo no Oeste, Meio Oeste e Planalto. Em março a chuva continua acima da média, porem diminui um pouco no Litoral Sul. Nos meses de verão os volumes totais de chuva serão mais elevados, porem a chuva deve alternar com períodos prolongados com presença de sol.
A chuva estará associada ao aquecimento diurno, concentrando-se no período da tarde e noite, em forma de pancadas e normalmente acompanhadas de temporais com descarga elétrica. Ressalta-se que haverá chuvas fortes com volume significativo em curta duração, podendo causar alagamentos em alguns locais onde apresentam problema de drenagem urbana.
O fenômeno El Niño intensifica as chuvas de verão, porém com menos proporção do que na primavera no Sul do Brasil. Entre outras consequências, o calor e a umidade no verão de 2015 podem aumentar a proliferação de transmissores de doenças endémicas.
Climatologia (o que se espera para época do ano):
Em janeiro e fevereiro a média mensal de chuva varia de 180 a 240 mm e em março de 130 a 180 mm. A chuva nestes meses ocorrem principalmente devido a pancadas de chuva de verão (processo convectivo devido ao calor da tarde), áreas de baixa pressão com mais frequência no Oeste e Meio Oeste e a passagens de frentes frias.
Em relação à temperatura a previsão é temperatura acima da média climatológica, no trimestre, especialmente nos meses de janeiro e fevereiro.
A Temperatura da Superfície do Mar (TSM):
O monitoramento das condições oceânicas indica a persistência de anomalias positivas de TSM (Temperatura da Superfície do Mar) no Oceano Pacífico Equatorial, região de monitoramento do El Niño, com valores pontuais de 4,0°C e até 5,0ºC como mostram as Figuras 1 e 2. O consenso dos modelos de previsão climática indica a continuação do fenômeno El Niño forte em dezembro e janeiro.
O El Niño segue no verão de 2016, mas com diminuição gradativa. Segundo estudos científicos, a maior influência do El Niño ocorre na primavera do ano em que o fenômeno começa (2015) e no outono do ano seguinte (2016), se houver continuidade do fenômeno.
Todas as informações são do Epagri/Ciram elaboradas pela meteorologista Marilene de Lima e o hidrólogo Guilherme Xavier de Miranda Junior.
A previsão foi discutida durante o Fórum Climático, com dados do EPAGRI/CIRAM, IFSC, UFSC, RBS e AGF.