O dia 21 de Dezembro marca o inicio do verão no Hemisfério Sul: 21/12 às 14h e 11min. A previsão para o trimestre é de chuva próxima à média climatológica em boa parte do Estado, podendo ficar ligeiramente abaixo no Oeste e Meio-Oeste. No mês de janeiro, a chuva deve ser melhor distribuída no tempo e no espaço, especialmente nas primeiras semanas. Em fevereiro e março a chuva deve ficar mais esparsa e mal distribuída, ou seja, com dias mais secos e ensolarados, beneficiando o turismo.
A atenção persiste para as regiões Oeste e Meio Oeste, onde podem ocorrer períodos mais prologados sem chuva, o que pode prejudicar o abastecimento de água e atividades de agricultura e pecuária.
No verão, as frentes frias normalmente passam com pouca atividade chuvosa e deslocamento rápido pelo Estado, e as chuvas que predominam são as convectivas (chuvas de verão, rápidas e isoladas, entre o final da tarde e noite, e por vezes na madrugada). Em janeiro e fevereiro a média mensal varia de 130mm a 210mm do Oeste ao Planalto e no Vale do Itajaí. No Litoral, os valores esperados mensais variam de 150mm a 250mm, sendo os valores acima de 200mm esperados para a Grande Florianópolis e o Litoral Norte. Em março, a chuva diminui e média climática é de 110mm a 210mm. Vale salientar que eventos de chuva intensa em curto espaço de tempo e temporais com ventania e granizo isolado devem ocorrer no Estado, por vezes provocando estragos.
Com relação à temperatura a previsão é de um trimestre com temperatura próxima à média climatológica (máximas médias entre 27ºC e 32ºC na maioria das regiões), ou seja, um verão quente, típico da estação. Pelo menos duas a três ondas de calor (período prolongado com dias ensolarados e consecutivos de calor intenso, inclusive no período noturno) são esperadas no trimestre, podendo igualar e/ou superar recordes de temperatura mínima e mais facilmente o de máxima.
Ressaltamos a importância do acompanhamento diário da previsão do tempo.
A Temperatura da Superfície do Mar (TSM):
Na área oceânica do Pacífico Equatorial, região de monitoramento do ENOS (El Niño Oscilação Sul), as temperaturas das águas superficiais e subsuperficiais permaneceram próximas à média climatológica, com um desvio negativo de -0,5 a -1,0°C próximo à costa do Peru, como mostra a Figura 1. Nos próximos meses não há previsão de mudança desse padrão, portanto persiste a neutralidade climática, ou seja, sem influência de El Niño e La Niña.
Figura 1 – Anomalia da TSM no oceano Pacifico, no mês de novembro de 2013.
via Boletim Epagri/Ciram: Marcelo Martins e Gilsânia Cruz (Meteorologistas)