Lenha, gás natural e eletricidade foram as principais fontes de energia utilizadas pelas indústrias catarinenses entre 2010 e 2012. A constatação está no Balanço Energético do setor industrial de Santa Catarina lançado nesta terça-feira, 7, na Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), em Florianópolis.
O diagnóstico foi elaborado pelo LabCET- Laboratório de Combustão e Engenharia de Sistemas Térmicos do Departamento Engenharia Mecânica da UFSC, com apoio do Ministério de Minas e Energia e coordenação da Secretaria de Estado do Planejamento. “O que surpreendeu na pesquisa foi o percentual de biomassa, como lenha, serragem e resíduos florestais, usada pelas indústrias de Santa Catarina, acima da média nacional”, comentou o coordenador técnico da publicação e responsável pelo Departamento da Engenharia Mecânica da UFSC, Edson Bazzo.
O uso de biomassa, somada a lixívia, chega a 64,5% do consumo total de energia pelo setor. Já a eletricidade e o gás natural representam respectivamente 19,7% e 11,1% das fontes utilizadas. Além do consumo de energia por fonte, o levantamento traz dados sobre o consumo de energia por setor conforme a estratificação do setor industrial indicada pelo Balanço Energético Nacional.
As indústrias que mais consumiram energia no período de 2010 a 2012 foram cerâmica (33%), papel e celulose (25%) e alimentos e bebidas (19%). O consumo de lenha na indústria de cerâmica vermelha chega a 90% do total das fontes de energia utilizadas.
O coordenador geral de planejamento de combustíveis do Ministério de Minas e Energia, João Patusco avaliou que a partir das informações levantadas pelo Balanço Energético do setor industrial de Santa Catarina será possível fazer a revisão das estatísticas de lenha, principalmente nos ramos de cerâmica, alimentos e bebidas e papel e celulose no Balanço Energético Nacional. Patusco ressaltou a importância dos balanços energéticos estaduais para o planejamento do setor elétrico no país e estimou que a indústria representa 30% de toda a energia consumida em Santa Catarina.
Fonte: Secretaria de Estado do Planejamento