A sexta-feira (1/10/21) foi emocionante para os amigos e familiares do jornalista Fabrício Wolf. Depois de 114 dias internado enfrentando momentos difíceis causados pela complicação da Covid-19, finalmente chegou o tão esperado momento de voltar para casa. No hall do Hospital SOS Cardio (Florianópolis), um coral improvisado com direito a violão cantava o sucesso “Tempo Perdido”, da banda Legião Urbana.
Ele surgiu acompanhado da esposa Márcia Annuseck Wolff, que não deixava de transparecer a alegria de trazer o amor da sua vida para tomar novos ares. Os da vida nova.
Alguns ares ainda o acompanharão na recuperação como o que está no cilindro de oxigênio que seguia junto com a cadeira de rodas. Mas antes de estar mais perto dos familiares, virou o rosto para a equipe do hospital que o aplaudia no piso superior. Era visível sua emoção para com as pessoas que permitiram esse momento de recuperação.
Queiramos que sempre aconteçam esses tipos de despedidas nestes tempos de pandemia: de cura e renascimento. Afinal para quem estava com 95% da capacidade dos pulmões, sofreu uma parada cardíaca de aproximadamente 20 minutos, um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e passou por sete cirurgias, não há outras palavras que definam isso melhor.
Fabrício Wolf é uma figura icônica em Blumenau. Poeta, empreendedor cultural, jornalista, ex-diretor de imprensa e ex-assessor de assuntos da juventude da prefeitura. No último cargo descrito, foi o responsável por promover o Skol Rock, com a presença do grupo Mamonas Assassinas e outras grandes bandas nacionais. Organizou vários eventos musicais na cidade e marcou toda uma geração. Também foi um dos fundadores da Gincana Cidade de Blumenau, que anualmente mobiliza diversos grupos.
Com a vitória do amigo Ricardo Alba para deputado estadual, Wolf se mudou para Florianópolis, mais próximo da Assembleia Legislativa, onde mora com a esposa até o momento. Aos 56 anos, ele deixou sua marca nas décadas que viveu em Blumenau, e que eventualmente, pode um dia voltar.