A Rudolph Usinados, de Timbó (SC), fabricante de componentes mecânicos com ênfase para o setor automotivo, anunciou a aprovação de um projeto de inovação pelo Programa Finep 2030 Empresarial – Mobilidade e Logística, da Financiadora de Estudos e Projetos, empresa pública brasileira de fomento.
Voltado ao desenvolvimento de soluções de digitalização e inteligência artificial aplicadas à fábrica, o projeto tem prazo de 19 meses para conclusão e será conduzido por um time multifuncional da Rudolph. No total, representa investimentos de R$ 3,1 milhões, entre aporte da própria empresa e subsídio da Finep.
O princípio da Indústria 4.0 já foi o eixo de um projeto em parceria com a Bosch, nos últimos três anos. “Esse tema convida nossa operação à inovação constante, e estamos dando um grande passo de excelência operacional”, diz o CEO da Rudolph Usinados, Alex Marson. Segundo ele, o projeto irá digitalizar os processos de fabricação – do recebimento da matéria-prima à expedição –, eliminando apontamentos manuais e documentos físicos.
A primeira etapa deverá interconectar 120 equipamentos, possibilitando a coleta automatizada das informações de processos, com o objetivo de orientar o planejamento avançado de produção.
Apoiado por algoritmos de Inteligência Artificial, o sistema vai otimizar o balanceamento e a sincronização do processo produtivo, conectando-o às demandas do cliente. ”O resultado é o aprimoramento da gestão de estoques, enquanto asseguramos o pleno atendimento de entregas no ambiente dinâmico das nossas cadeias, agilizando a resposta a eventuais gargalos e desvios”, explica Marson.
O projeto será desenvolvido com parceiros que apoiarão a conexão do chão de fábrica à gestão pelo MES (Manufacturing Execution System), o desenvolvimento do sistema de inteligência artificial e a integração da solução com as plataformas de gestão e planejamento avançado de produção. “A tecnologia emite relatórios em tempo real, otimizando o encadeamento de etapas de produção. São máquinas interconectadas em plataformas de análises avançadas para o processamento dos dados produzidos. Ou seja: a Internet Industrial das Coisas a nosso serviço”, conclui o CEO.