Pneumologista alerta para os riscos da tuberculose, ainda mais em tempos de pandemia

Considerada uma das doenças infecciosas que mais mata no mundo, ela pode causar o agravamento do estado de saúde do paciente infectado por Coronavírus.

A tuberculose é uma das doenças infecciosas que mais mata no mundo. Um levantamento do Ministério da Saúde apontou que em solo brasileiro são registrados 200 casos novos da doença por dia. Por ano, são mais de 10 milhões de casos e 1 milhão de óbitos provocados pela doença. Sendo assim, para conscientizar a população a respeito dos riscos da tuberculose e diminuir os números alarmantes, o dia 24 de março é lembrado como o Dia Mundial da Tuberculose.

O médico pneumologista do Hospital Dia do Pulmão, Dr. Jorge Marcelo Dornelles Diehl, explica que a tuberculose é causada pelo Bacilo de Koch, e afeta principalmente os pulmões, porém, também pode atingir outras partes do organismo, como rins e coração.

“Essas bactérias são derivadas da tosse dos pacientes que estão infectados pela Tuberculose Pulmonar, e podem ficam por um curto período no ar. Portanto, a melhor prevenção é evitar o contato com pessoas que estejam contaminadas, bem como ter hábitos saudáveis, como atividades físicas e uma alimentação adequada”, diz.

Dr. Jorge revela que se o indivíduo está com tosse persistente, febre ou falta de apetite, ele deve procurar um médico. “O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para aumentar as chances de recuperação do paciente e evitar a transmissão para outras pessoas. O tratamento é feito com medicação oral e, em casos mais graves, o paciente pode ser encaminhado para internação e utilizar medicamentos injetáveis. É importante destacar que, em meio à pandemia, a tuberculose merece ainda mais atenção, já que pode causar o agravamento do estado de saúde do paciente infectado por Coronavírus, levando a complicações da doença. Muitas pessoas também podem ter o quadro agravado por falta do diagnóstico correto e tratamento adequado”, destaca o médico.

Por fim, o pneumologista explica que o tratamento e o acompanhamento médico não devem ser interrompidos. “Muitos pacientes acreditam que, quando há uma melhora no quadro clínico, eles já estão curados e deixam de fazer o tratamento. Porém, isso não pode acontecer. Se a pessoa interrompe a medicação antes do período recomendado pelo médico, as bactérias que ainda estão no organismo tornam-se resistentes, agravando o quadro e proliferando a doença e causando formas mais difíceis de controle”, conclui.