Blumenau registrou aumento de 259% nos focos do mosquito Aedes Aegypti em 2020

Foto (arquivo): Michele Lamin

 

 

 

Foto: Michele Lamin

 

Entre segunda (30/11/20) e sexta-feira (4/12), equipes do Programa de Combate à Dengue da Secretaria de Promoção da Saúde de Blumenau (Semus) vão fiscalizar cemitérios e intensificar ações na cidade. Até hoje (30) já foram identificados 1.107 focos do mosquito Aedes Aegypti no município, 259% a mais que todo o ano de 2019, que teve 308 focos registrados.

Os agentes de endemias irão visitar todos os 35 cemitérios de Blumenau até amanhã (1/12). Depois serão fiscalizadas residências no bairro Ribeirão Fresco, região onde moram cerca de 70 famílias. O objetivo é orientar os moradores e eliminar reservatórios que possam ser criadouros do mosquito.

Os agentes da Semus estarão identificados com uniforme e crachá com nome e matricula do profissional contratado pela Prefeitura de Blumenau. As fotos de todos os agentes que farão as visitas estão disponíveis no site da Prefeitura. Os bairros Centro, Itoupava Seca, Velha, Victor Konder Vila Nova, Jardim Blumenau, Água Verde e Itoupavazinha são considerados infestados e seguem sendo monitorados.

 

 

Mosquito Aedes Aegypti

Os vírus que causam a dengue, febre de chikungunya e zika vírus são transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti. Elas apresentam sinais e sintomas parecidos, mas têm níveis de gravidade diferentes. Não há tratamento específico. Quanto ao zika vírus, foi identificada uma relação entre o vírus e o surgimento de malformações congênitas em gestantes que contraíram a doença.

O mosquito se caracteriza pelo tamanho pequeno, cor marrom médio e por nítida faixa curva branca de cada lado do toráx. Nas patas, apresenta listras brancas.

O Aedes aegypti vive de 35 a 45 dias, sendo que sua alimentação, reprodução e postura dos ovos ocorre durante o dia. A atividade do mosquito ocorre preferencialmente no início da manhã e final de tarde. Entretanto estudos tem indicado a possibilidade de que este período esteja se ampliando. As fêmeas do mosquito necessitam do sangue humano para a maturação dos ovos. Dessa forma, é nesse momento que pode ocorrer a transmissão das doenças (tanto da transmissão do vírus aos seres humanos, como a infecção do mosquito ao picar uma pessoa doente no período de viremia).

Os criadouros mais comuns são recipientes que possam acumular água parada, como pneus sem uso, latas, garrafas, pratos dos vasos de plantas, caixas d’água descobertas, calhas, piscinas e vasos sanitários sem uso. A fêmea do mosquito pode, também, depositar seus ovos nas paredes internas de bebedouros de animais e em ralos desativados, lajes e em plantas como as bromélias.

 

Foto: James Tavares | SECOM/SC

 

Semana Municipal de Combate à Dengue

Em 2019, o município aprovou a Lei Municipal Nº 8.709, que institui a Semana de Prevenção à Dengue, que compreende os dias 25 a 30 de novembro. Neste ano, como as equipes estavam fazendo o Levantamento de Índice Rápido Amostral (LIRAa) a ação teve que ser adaptada. O resultado do levantamento deve ser divulgado nos próximos dias.