Texto e fotos: Julio Pollhein
A estiagem severa dos últimos tempos e a maré baixa mostrava durante a semana que passou, uma grande extensão de areia e lama no Rio Itajaí-Açu, próximo a Ponte de Ferro.
A paisagem visualmente impactante também revelava a tranquilidade do bando de capivaras que aproveitava a baixa do rio, para se rolarem na lama e tomar banho de sol em família.
O sossego dos animais nessa região do rio, já existe há muito tempo por não dividirem espaços com predadores naturais — não correm risco de ataques de onças, jacarés, aves de rapina e grandes serpentes.
As capivaras também preferem esses locais devido o pasto preferido (grama) se manter naturalmente nas encostas, além de plantios domésticos à beira do rio, como: milho e hortaliças…
O professor Pedro Wilson Bertelli (Furb), um estudioso no assunto, explica que apesar da estiagem, as duas famílias de capivaras que dividem o território no rio — Prainha e Avenida Beira-Rio, ainda não sofreram com os impactos da seca — no início do mês, o nível do rio, nesse trecho, chegou a ficar 24 centímetros negativos.
Bertelli também esclarece que a diminuição da água poderá ser o motivo que faltava para um grupo de capivaras invadir o território do outro, ocasionando brigas com ferimentos de mordidas — o território é marcado por urina e odores.
Dependente da água para sobreviver…
Apesar da instabilidade do rio, o nível da água ainda é considerado bom para o nado do animal e importante para sua reprodução, além de servir de esconderijo, em caso de ameaça de caça e perturbação de cachorro.
As admiráveis capivaras vivem em paz e familiarizadas com os blumenauenses na região central, no entanto por habitarem os locais, correm riscos de atropelamentos, devido ao trânsito de veículos — a Polícia Ambiental é responsável pelo atendimento de ocorrência envolvendo os animais pelo número: (47) 3378-8480 ou 190.