Santa Catarina tem cinco áreas de cultivo de ostras e mexilhões interditada devido à presença de toxina diarreica. Está proibida a retirada, comercialização e consumo de ostras, vieiras, mexilhões e berbigões e seus produtos, inclusive nos costões e beira de praia em dois municípios.
Em Bombinhas, as substâncias foram encontradas nas localidades de Zimbros e Canto Grande. Já em Governador Celso Ramos, havia toxinas em Canto dos Ganchos, Calheiros e Ganchos de Fora.
A medida foi necessária após exames laboratoriais detectarem a presença de ácido ocadaico nos cultivos de moluscos bivalves dessas regiões. Quando consumida por seres humanos, essa substância pode ocasionar náuseas, dores abdominais, vômitos e diarreia.
Interdição parcial
Os cultivos do município de Porto Belo seguem com interdição parcial, ou seja, está liberada da retirada, comercialização e consumo de ostras das localidades da Perequê, Ilha João da Cunha e Araçá. Mantendo a interdição para mexilhões, vieiras e berbigões destes dois locais.
As ostras foram liberadas a partir de dois resultados negativos consecutivos para presença de toxina diarreica. O gerente de Pesca e Aquicultura da Secretaria da Agricultura, Sérgio Winckler, explica que ostras e mexilhões se comportam de forma diferente diante da concentrações de algas tóxicas, por isso a desinterdição é parcial. “Existem diferenças nos sistemas de filtração dos moluscos. A ostra concentra menos toxinas, por isso foi possível a sua liberação antes dos mexilhões”.
Monitoramento constante
Santa Catarina é o maior produtor nacional de moluscos e o único estado do país que realiza o monitoramento permanente das áreas de cultivo. O Programa Estadual de Controle Higiênico Sanitário de Moluscos é um dos procedimentos de gestão e controle sanitário da cadeia produtiva, dando garantia e segurança para os produtores e consumidores.
Fonte: Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural