Esta terça-feira, dia 5, está com tempo estável, céu claro e ar muito seco, além de frio. Os valores de umidade relativa do ar, abaixo de 10%, podem ser comparados ao do deserto de Atacama no Chile por exemplo.
Em Urupema no Planalto Sul de SC, a umidade atingiu um dos valores mais baixos do Brasil no ano, cerca de 10%. Estes valores muito baixos aliado ao frio intenso deixa a sensação de grande desconforto no ser humano, especialmente os que sofrem de doenças do trato respiratório, como rinites, bronquites, asmas dentre outras.
A região centro oeste do país normalmente registram os menores valores de umidade relativa do ar, como as cidades de Goiânia e Brasília. Para que se possa entender de forma simples, a umidade relativa do ar é o quanto de vapor d’água existe na atmosfera no momento, em relação ao total máximo que poderia existir antes de condensar.
A umidade do ar é muito baixa normalmente no final do outono, durante o inverno e início da primavera, especialmente entre às 12h e 16h. A umidade é mais elevada quando chove, devido à evaporação que ocorre posteriormente. Também é alta em áreas com verde abundante, próximas a rios, represas e outras concentrações de água.
Menor Umidade Relativa registrada até às 13h em 05/08/2014.
Alto Vale do Itajaí
- Lontras 53.1%
- Witmarsum 54%
Litoral Norte e Médio Vale
- Botuverá 55.1%
- Camboriú 48.0%
Grande Florianópolis
- Alfredo Wagner 49.8%
- Florianópolis 37.8%
- São José 50%
Planalto Norte
- Canoinhas 44.5%
- Itaiópolis 55.2%
- Major Vieira 48.8%
- Santa Cecília 20.1%
Planalto Sul
- Painel 29.6%
- Bom Jardim da Serra 22.8%
- Rio Rufino 35.2%
- São Joaquim 14.8%
- Urupema 10.4%
Oeste
- Dionísio Cerqueira 14.0%
- Novo Horizonte 26.0%
- Xanxerê 38.0%
Meio Oeste e Vale do Rio do Peixe
- Arroio Trinta 31.3%
- Caçador 31.2%
- Lebon Régis 29.8%
Litoral Sul
- Siderópolis 47.3%
- Criciúma 42.6%
- Meleiro 51.3%
- Urussanga 39.0%
Confira abaixo os níveis de alerta relacionados à baixa umidade do ar e algumas dicas para se proteger.
Problemas decorrentes da baixa umidade do ar:
- Complicações alérgicas e respiratórias devido ao ressecamento de mucosas;
- Sangramento pelo nariz;
- Ressecamento da pele e do cabelos/pelos;
- Irritação dos olhos;
- Eletricidade estática nas pessoas e em equipamentos eletrônicos;
- Aumento do potencial de incêndios em pastagens, lavouras, plantações e florestas.
Escala psicrométrica – classificação dos estados de perigo segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS):
Cuidados a serem tomados:
Entre 21 e 30% – Estado de Atenção
- Evitar exercícios físicos ao ar livre entre 11h e 15h;
- Umidificar o ambiente através de vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água, molhamento de jardins, etc.;
- Sempre que possível permanecer em locais protegidos do sol, em áreas vegetadas, etc.;
- Consumir água à vontade.
Entre 12 e 20% – Estado de Alerta
- Observar as recomendações do estado de atenção;
- Suprimir exercícios físicos e trabalhos ao ar livre entre 10h e 16h;
- Evitar aglomerações em ambientes fechados;
- Usar soro fisiológico para olhos e narinas.
Abaixo de 12% – Estado de Emergência
- Observar as recomendações para os estados de atenção e de alerta;
- Determinar a interrupção de qualquer atividade ao ar livre entre 10h e 16h, como aulas de educação física, coleta de lixo, entrega de correspondência, etc.;
- Determinar a suspensão de atividades que exijam aglomerações de pessoas em recintos fechados, como aulas, cinemas, etc. entre 10h e 16h;
- Durante as tardes, manter com umidade os ambientes internos, principalmente quarto de crianças, hospitais, etc.
Texto e dados: Marcelo Martins – Meteorologista | Mariana Liberato – Técnica em Meteorologia
via Epagri/Ciram