A partir das 13h30min desta quinta-feira (6/12/18), uma mulher estará no banco dos réus em Florianópolis, acusada de homicídio duplamente qualificado. Ela é suspeita de atrair um homem para uma emboscada que terminou em assassinato.
O crime aconteceu no início de uma madrugada em maio de 2017, quando mulher e vítima caminhavam por uma servidão no bairro Rio Vermelho, no norte da Ilha. Eles foram abordados por dois homens em uma motocicleta, que estavam de capacetes e mandaram a mulher deixar o local. Em seguida efetuaram os disparos que acertaram a vítima oito vezes.
Segundo a Polícia Civil, a mulher e a vítima são de facções criminosas rivais e a motivação seria a disputa do tráfico de drogas por território. Além da mulher, que ficou responsável por atrair a vítima, o Ministério Público também denunciou outros três homens.
As investigações apontaram que um deles seria o mandante e os outros dois executaram o crime. O problema é que a acusação se baseia apenas no depoimento da testemunha que afirma ter escutado uma conversa num supermercado.
Na instrução do processo, o juiz Marcelo Volpato de Souza impronunciou os três homens por falta de provas contundentes. Para reforçar a tese do magistrado, a balística realizada pelo IGP (Instituto Geral de Perícias) na arma apreendida na residência do suposto mandante, não era compatível com os projéteis encontrados na vítima.
Já a participação da mulher foi aceita em razão de mensagens trocadas com o homem assassinado, que demonstrava especial interesse no itinerário a ser utilizado para se apresentar no encontro agendado. Todos negaram participação no homicídio. Ela alega que costumava encontrar a vítima para fumar.