Em novo despacho, o relator do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), João Pedro Gebran Neto, revogou a decisão que mandava soltar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na manhã deste domingo (8/07/18), outro desembargador do mesmo tribunal de Porto Alegre (RS), Rodrigo Favreto, que estava de plantão, tinha mandado soltar Lula, mas a decisão foi contestada logo depois por Sérgio Moro.
Portanto o ex-presidente continua preso na sede da Polícia Federal de Curitiba (PR), cumprindo a pena de 12 anos por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do triplex do Guarujá (SP), no âmbito da Operação Lava Jato. De acordo com a condenação, o imóvel teria sido usado como propina dissimulada da construtora OAS para favorecer a empresa em contratos com a Petrobras.
Um detalhe que chama a atenção, é que o desembargador responsável pela decisão de soltura, Rodrigo Favreto, foi filiado ao PT de 1991 a 2010, além de procurador da prefeitura de Porto Alegre na gestão Tarso Genro nos anos 1990. Depois, foi assessor da Casa Civil no governo Lula, e do Ministério da Justiça, quando Tarso era ministro.
Lula está preso em uma sala especial de 15 m², no 4º andar do prédio da PF, com cama, mesa e um banheiro de uso pessoal. O espaço reservado é um direito previsto em lei. Ele foi condenado pelo juiz federal Sérgio Moro na primeira instância, e depois em segunda instância pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).