Por Claus Jensen, com fotos de Joelson Luiz Wagner (Neco)
Para os caminhoneiros, a proposta feita pelo governo ainda não agradou. Eles questionam os 60 dias de preço do diesel e acham que em vez dos R$ 0,46 de redução, deveria ser pelo menos R$ 1,00 por litro. É o que ouvi de um deles que está com seu caminhão parado às margens da BR-470, em Gaspar (SC).
Como não há nenhum representante oficial, ele me passou o que pensam seus colegas de profissão. Todos se surpreendem com o apoio da comunidade, levando alimentos frescos e bebidas aos caminhoneiros. Postos de combustíveis também tem oferecido banheiro e banho aos manifestantes. “Fico até emocionado com o apoio da população, que nunca deixa faltar nada. Tivemos até que doar parte do que recebemos”, comentou.
Boa parte está desde o primeiro dia de paralisação, há uma semana. Alguns tem tanta confiança um no outro, que deixaram seu veículo no local e os amigos cuidam para fiquem em segurança.
Questionado sobre uma perspectiva de fim da paralisação, o jovem caminhoneiro disse que por enquanto a classe não vê perspectiva. Os profissionais se comunicam por todo país através de grupos de WhatsApp, garantindo mais agilidade na informação.