Por *Albio Fabian Melchioretto
Fotos: Basquete Feminino de Blumenau / divulgação
O esporte é uma janela de propaganda interessante. A manutenção de clubes, ou de eventos traz um retorno de mídia para a cidade sede. Estas condições também são válidas para o esporte olímpico no Brasil, mesmo com nossa cultura esportiva centrada no futebol. Blumenau, volta ao cenário nacional com quatro equipes em três modalidades, vôlei, basquete e futsal. O time de vôlei disputa a Superliga B; o basquete masculino a Liga Ouro, divisão de acesso ao NBB; o feminino está na LBF, liga principal e o futsal, disputará a Liga Nacional, herdando a vaga antes do Concórdia. Quatro oportunidades de aparecer Brasil a fora.
No domingo (28) passado, com o Galegão quase vazio, o time feminino estreou na competição nacional. E começou bem, com uma vitória sobre o Presidente Venceslau. O jogo em si, teve os primeiros três quartos equilibrados, com Blumenau em vantagem nos rebotes. No último quarto, o Blumenau abriu vantagem após a equipe do interior paulista permanecer quase cinco minutos sem converter ponto algum. Placar final 71 a 63 para o time da casa. É uma pena a pouca repercussão da mídia local e o ginásio vazio para este evento.
A Liga de Basquete Feminino, a LBF, é composta por nove clubes que jogam entre si em turno e returno. Dos nove, oito, incrivelmente, classificam-se para a fase quarta-de-final, que acontecerá, então, em melhor de três jogos. Um dos problemas da competição é a não continuidade das camisas. Por exemplo, o atual campeão não está presente na competição, como outros que já foram também não estão. Projetos começam sem patrocínios forte e desaparecem na mesma velocidade. Há uma janela de exposição, porém, o esporte para acontecer, em nível localizado precisa explorar patrocínio. Aqui a ação do poder público é fundamental. Promover ações que atraia a iniciativa privada para o esporte local. Este ano, há um calendário sustentável, de janeiro a junho com jogos.
Os jogos são mostrados em televisão aberta, após um hiato de vinte anos. O pequeno canal paulistano, TV Gazeta, mostrará todos os domingos, às 15 horas um jogo. A iniciativa de horário fixo na grade proporciona hábito no espectador. O problema de estar na TV Gazeta é a pouca penetração do sinal do canal Brasil a fora. Mas ainda sim, é melhor que estar em televisão alguma. Dois terços da população brasileira só possuem acesso ao sinal aberto, logo é uma janela e tanto. No universo da televisão por assinatura, os canais Sportv possuem direito de transmissão, porém, como apuramos, fará direito apena na fase mais aguda da competição, assim como foi feito na temporada passada. Pouco para um esporte que já foi o segundo do país.
* O articulista no portal de notícias Albio Fabian Melchioretto, é professor, filósofo e mestre em educação.