“Nossa região tem sido cada vez mais discriminada no que tange ao efetivo policial”, disse Avelino Lombardi

O título dessa matéria, foi a frase que o presidente da ACIB (Associação Comercial e Industrial de Blumenau) usou para definir o sentimento de frustração ao sair da reunião com o secretário de segurança e também o comandante geral da PM de SC, em Florianópolis nesta quarta-feira (7/12/17). Uma comitiva formada por políticos, representantes da sociedade civil e do governo municipal só conseguiram a garantia de que 40 novos policiais militares virão para Blumenau, em vez dos 150 pleiteados.

Para Avelino existe uma discriminação em relação a Blumenau por parte do governo estadual, mas nossa cidade colabora com 30% do PIB de Santa Catarina. “Quando você analisa cidades do Oeste e do Sul, com um policial para cada 700 e 800 habitantes, percebe que há discriminação”. A justificativa que a comitiva ouviu das autoridades de segurança para enviar um número de efetivo tão baixo, é de que estão levando em conta os índices técnicos de violência. “Peraí, técnico não pode ser. Se você manda 700 para a região Sul e Lages, mas Blumenau tem um policial para 1.521 habitantes, vocês não estão usando índices técnicos. Nós temos um índice alto de criminalidade na região, com requisitos de crueldade. Não podemos esperar que Blumenau chegue nos índices das piores cidades do Estado”, argumentou Lombardi.

O presidente disse que houve o tempo em que a presença dos policiais militares era mais visível na rua, o que intimidava criminosos e traficantes. Lombardi defende a importância das entidades se unirem mais em torno do aumento do efetivo, em vez de trabalharem de forma isolada, buscando seus interesses específicos.

A aposta da comitiva é resolver o assunto diretamente com o governador. Já há uma reunião protocolada há algum tempo com a casa militar, mas nenhuma data foi definida. O deputado Jean Kuhlmann, que acompanhava a reunião, se comprometeu a falar com Colombo para receber a comitiva. Seria mais um sinal de discriminação?

Confira a entrevista completa do Presidente da ACIB clicando no play.