Por Marta Brod
Nos meses de novembro e dezembro três escolas públicas receberão o projeto cultural Arquitetura e Cidade para Crianças. Idealizado pelas arquitetas e urbanistas Amanda Tiedt e Fabíola Cordeiro, o projeto, que foi contemplado através do edital 003/2016 do Fundo Municipal de Apoio a Cultura, tem como objetivo despertar nas crianças a importância da arquitetura e da participação na vida da cidade.
Inspiradas pelo “Arquitectura para niños”, projeto realizado em escolas da Galícia na Espanha onde as crianças têm a oportunidade de receber, dentro do horário escolar, o curso de iniciação a arquitetura, as arquitetas decidiram implantar essa ideia por aqui. O projeto é multidisciplinar e lúdico e envolve atividades correlacionadas de aprendizagem através do descobrimento, colaboração e a autonomia. A proposta é trabalhar com oficinas culturais e educativas, que reconectem as crianças com a cidade, além de democratizar o acesso ao patrimônio cultural edificado.
“Serão realizadas seis oficinas com turmas do ensino fundamental de escolas públicas da rede municipal, duas oficinas abertas ao público (06 a 12 anos) e distribuição de material informativo para professores nas escolas municipais da cidade”, explica Amanda.
De acordo com a arquiteta, a programação das oficinas conta com quatro módulos: reflexão investigativa da minha casa, meio ambiente, atividade artística e cidadania. “A tendência é de que as pessoas que se envolvam com o projeto, direta ou indiretamente, passem a se relacionar com a cidade de forma afetiva, a ocupar espaços abandonados e inseguros com atividades culturais, valorizar os patrimônios históricos, andar mais a pé e gerar mais vida comunitária em seus bairros e comunidades”, afirma.
Para aplicação desses módulos, o projeto buscou parcerias, como por exemplo: a peça de teatro “Era Outra Vez” do grupo de Teatro Casa, e o projeto “Plantei um Broto na Casca do Ovo”.
As oficinas acontecerão nas escolas municipais Alberto Stein e Visconde de Taunay, na Escola de Educação Básica Governador Celso Ramos, além de duas oficinas abertas ao público na Fundação Cultural de Blumenau e no Green Place Park.