Por Júlia Buonafina, da Agência Brasil
O terremoto que atingiu a costa sudoeste do México foi o mais forte registrado no país nos últimos 32 anos. Segundo o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (OBSIS/UnB), o fenômeno natural, que teve magnitude 8,1 na escala Richter (considerado forte), aconteceu por conta de uma falha normal em uma profundidade intermediária.
O terremoto atingiu a costa na costa sudoeste do México, próximo da cidade de Chiapas, às 23h49min de quinta-feira (7). Segundo informações do Observatório, foi gerado um alerta de tsunami na região.
Foram confirmadas 60 mortes. Em Oaxaca morreram 45 pessoas, outras 12 em Chiapas e 3 em Tabasco. As informações foram divulgadas pelo chefe da defesa civil do México, Luis Felipe Puentes.
Até o momento, foram registrados cinco terremotos secundários, com magnitudes entre 4,9 e 6,1, pelo sistema do OBSIS/UnB. Um alerta de Tsunami foi gerado para a região e as ondas podem atingir até 3 metros de altura, segundo o professor Marcelo Rocha, do Observatório Sismológico.
A região é considerada propícia a terremotos por conta de duas placas, a de Cocos e a placa do Caribe. De acordo com Rocha, a placa do Caribe está entrando embaixo da placa de Cocos. O terremoto é a consequência de vários anos de acúmulo de energia sísmica entre as placas.
Terremotos desse tamanho são descritos de forma mais apropriada como deslizamentos sobre uma área de falha maior. Os eventos de falha normal do tamanho do terremoto do dia 8 são tipicamente cerca de 200×50 km (comprimento x largura).
Ao longo do último século, a região dentro de uma área de 250 km do hipocentro do terremoto sofreu outros oito abalos sísmicos de magnitude maior que 7. A maioria ocorreu na zona ao sudeste do evento perto da fronteira México-Guatemala, e nenhuma foi maior que a magnitude de 7,5.