Texto e fotos de Nicole Trevisol (IFC)
A FURB e o Instituto Federal Catarinense (IFC) tem trabalhado em parceria numa patente que visa diagnosticar com precisão e rapidez os eventos de enchentes na região do Vale do Itajaí.
Os professores/pesquisadores do IFC, Eduardo Werneck, e da Furb, Marco Mattedi e Leandro Ludwig, estiveram na Reitoria do IFC na manhã de sexta-feira (25/08/2017) em reunião com o reitor em exercício e pró-reitor de Extensão, Fernando Garbuio, para apresentar os encaminhamentos da Cooperação Técnica entre as instituições que envolveu a expertise do IFC em drones e a expertise da FURB com desastres naturais, que resultou na proposta de monitoramento em tempo real de enchentes.
Segundo Werneck esse é o primeiro registro de patente solicitado diante da parceria IFC/FURB. “O pedido de registro de patente foi enviado ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) em julho de 2017 e, a partir disso, as instituições têm até 10 anos exclusividade em explorar esse projeto”.
Para Mattedi, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da FURB, essa parceria representa a união de esforços em busca de alternativas para problemas sociais. “Existe aqui uma troca de conhecimento, expertises, tecnologias que, ao serem integradas, resultam em um serviço ou um produto que vai beneficiar a população. Estamos, desta forma, introduzindo na sociedade novas tecnologias”, salienta.
Leandro explica como o projeto, que está no campo das ideias, pretende ser disponibilizado à comunidade regional. “O projeto contará com um drone de asa fixa, com sensores, que fará voos em áreas de enchente antes, durante e depois do fenômeno. Nesses voos o drone vai capturar imagens em modelo 3D que serão transmitidos, em tempo real, para um software. Assim, os técnicos poderão sobrepor os modelos tridimensionais e identificar o impacto da enchente”, explica ele.
O modelo, que está em fase embrionária, promete trazer uma leitura de cenário mais precisa e confiável sobre as enchentes. “Esse tipo de ação é um ganha-ganha, uma vez que ganham as instituições e ganha a sociedade em três níveis: economia de recursos, aceleração no processo e justificativa da existência desses espaços”, reforça o professor Mattedi.
Conforme reforça Garbuio, projetos e patentes como a que surge da parceria IFC/Furb reforça o papel das instituições em aplicar o recurso público em ações de retorno para a sociedade. “Estamos aqui para ajudar no desenvolvimento regional e a patente vem nesse sentido, ao olhar para o problema social e propor uma solução”.
Além do retorno social, a patente pode ser vista como uma especialidade da instituição. “As patentes materializam o conhecimento das instituições de ensino em algo que pode ser aplicado à sociedade. Também, é o portfólio da instituição para demarcar o seu território em uma área de conhecimento. Por meio delas, é possível que a instituição se retrofinancie ao receber royalties de patentes que virem a ser comercializada/usada”, finaliza Eduardo.