Dive/SC alerta: riscos de acidentes por animais peçonhentos no verão

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O número de acidentes por animais peçonhentos, provocados por serpentes, aranhas, escorpiões, lagartas, abelhas, águas-vivas e caravelas, cresce com a chegada do verão em Santa Catarina. Em 2015 foram registrados 9.354 acidentes em todo o estado, e entre os meses de janeiro a novembro de 2016 um total de 6.703 acidentes já foram registrados.

Acúmulo de lixo, restos de entulhos e pilhas de telhas e madeiras no terreno são abrigos certos para animais peçonhentos. A proximidade de matas e terrenos baldios também requer atenção. Em regiões onde há enchentes o risco também é grande, pois esses animais são obrigados a deixarem seus habitats em busca de um novo local, refugiando-se, muitas vezes, dentro das casas.

 

Os acidentes com aranhas foram responsáveis pela maior parte dos casos em 2016, seguido dos acidentes por serpentes e abelhas. De acordo com Ivânia da Costa Folster, responsável pela área técnica na Gerência de Vigilância de Zoonoses (Gezoo), muitos acidentes acontecem por desatenção: “Nesta época do ano as pessoas passam a frequentar mais as praias, fazem trilhas e outras atividades ao ar livre, aproximando-se desses animais, aumentando os riscos de picadas e mordeduras”, alerta.

No caso de picadas ou mordeduras é preciso tratar a lesão como se fosse causada por um animal venenoso, e buscar rapidamente atendimento em uma Unidade de Saúde. A referência para atendimentos de acidentes por animais peçonhentos no estado é o Centro de Informações Toxicológicas de Santa Catarina (CIT/SC), com funcionamento pelo telefone 0800 643 5252, por 24 horas, todos os dias da semana.

O que fazer em caso de acidentes:

  • Manter a vítima calma e deitada, evitando movimentos para não favorecer a absorção do veneno;
  • Tentar manter o membro afetado no mesmo nível do coração ou, se possível, abaixo dele;
  • Localizar a marca da mordedura, limpar o local com água e sabão e cobrir com um pano limpo;
  • Remover anéis, pulseiras e outros objetos que possam garrotear (apertar a circulação), em caso de inchaço do membro afetado;
  • Levar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo, para receber o tratamento necessário;
  • Se possível, levar o animal para que seja identificado e para que a vítima receba o antiveneno específico.

Como evitar acidentes:

  • Usar botas: no corte de vegetação e limpeza de terrenos evita até 80% dos acidentes com cobras. Porém, antes de calçar as botas, verifique se não há aranhas, escorpiões ou outros animais peçonhentos na parte interna.
  • Proteger as mãos: não coloque as mãos em frestas, tocas, cupinzeiros, ocos de troncos etc. Use um pedaço de madeira para verificar se não há animais nesses locais. Utilize luvas para limpeza doméstica.
  • Acabar com os ratos: a maioria das cobras alimentam-se de roedores. Por isso, mantenha sempre limpos os terrenos, quintais e plantações, evitando atrair esses predadores.
  • Conservar o meio ambiente: os desmatamentos e queimadas, além de destruírem a natureza, provocam mudanças de hábitos dos animais, que se refugiam em celeiros ou mesmo dentro de casas. Evite matar os animais, pois eles contribuem para o equilíbrio ecológico.

Fonte: DIVE/SC

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