Atrasado por motivos de afastamento da internet no fim de semana, comento a primeira partida da final do Catarinense 2014.
O Joinville venceu. O Figueirense também… Curioso, não? Todo mundo saiu satisfeito da Arena Joinville.
O jogo foi fraco tecnicamente, muito nervoso, como uma típica final normalmente é. O JEC, de maneira previsível, tentou se impor desde o início, mas não o conseguiu com a força que era esperada. O Figueira, sem Marcos Assunção e Ricardo Bueno, que por não estarem 100% foram poupados, se segurava bem na defesa. E assim a carruagem andava.
Outra curiosidade foi o personagem do jogo. Wellington Saci subiu com o Figueirense para a Série A no ano passado, mas saiu pela porta dos fundos do Scarpelli. Foi para o JEC e, no primeiro encontro, o tricolor tomou 3 x 0, Wellington foi muito mal e vaiado o tempo todo. Depois, o técnico Hemerson Maria passou a usar o lateral-esquerdo como um ponta, e Saci passou a ser decisivo. Primeiro, naquele 2×0 no Scarpelli que colocou praticamente o Joinville na final. Neste domingo, ele poderia ter sido vilão novamente ao ser expulso ainda no primeiro tempo por agressão, mas não foi (o árbitro não viu, tampouco os assistentes). Ficou em campo e virou herói: foi dele o gol de falta no finzinho do primeiro tempo, um golaço. E também foi dele o cruzamento para o gol de Edgar Junio, o da vitória.
Antes, Everton Santos havia empatado para o Figueira, um gol que pode fazer toda a diferença na final.
O JEC sabia que precisava vencer o jogo da Arena, e venceu. O Figueirense sabia que não podia perder de muito na Arena, e não perdeu. No fim, dos dois lados sentimentos de confiança para a decisão de domingo que vem no Scarpelli. O tricolor, que esse ano já perdeu e já ganhou lá, se conseguir um empate será campeão estadual depois de 13 anos. O alvinegro precisa fazer o mesmo que fez o Joinville, vencer em casa. Se o fizer, o 16º caneco virá, seis anos depois do último.
Imprevisível.
Por Rodrigo Braga
Publicado originalmente em blogbragarodrigo.wordpress.com