Florianópolis (SC) – Na manhã desta quinta-feira (20/10/16), Reginaldo Carriel de Lima ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa Estadual representando o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) e do Grupo de Professores de Informática da Rede Pública Estadual. O professor veio manifestar-se em relação à decisão da Secretaria de Estado de Educação (SED) de não renovar, a partir de 2017, os contratos dos professores de informática e das salas de tecnologia admitidos em caráter temporário.
De acordo com Lima, a decisão atinge cerca de 1,2 mil profissionais que estarão fora dos estabelecimentos de ensino a partir do próximo ano. “Estamos trabalhando nas escolas da rede estadual promovendo atividades de ensino, mediação de conteúdos, suporte ao equipamento de informática fornecido pelo estado, assim como, a manutenção da rede.”
A proposta do governo, divulgada por nota no sítio eletrônico da secretaria, é que as funções exercidas por estes profissionais passem a ser executadas pelos Núcleos de Tecnologias Educacionais (NTE) de cada uma das Gerências Regionais de Educação (Gereds). As gerências também serão responsáveis por promover licitações para o fornecimento de manutenção preventiva e corretiva de programas, computadores e da rede de cada uma das escolas estaduais.
“Nossa maior preocupação são com os alunos, pois o estado criou uma necessidade desde 2009 de ter justamente este professor de informática para auxiliar o aluno, mediar o aluno e agora interrompe esta formação”, questionou Lima.
A deputada Luciane Carminatti (PT) apoiou a manifestação do professor considerando fundamental a reversão deste quadro. A parlamentar argumentou que a escola também se faz com tecnologia, mas que não se trata apenas de computadores funcionando. Para a líder do Partido dos Trabalhadores, é preciso da mediação que deve ser feita por um profissional formado e qualificado, defendeu.
O deputado Neodi Saretta (PT) classificou como lamentável a situação enfrentada por estes profissionais. “Esperamos que isto possa ser revertido para o bem não só dos professores, mas também da educação de Santa Catarina.”
Lucio Baggio, da AGÊNCIA AL