Por *Ana Paula S. Gobo, Fisioterapeuta
A dor no pescoço, também conhecida por cervicalgia, é caracterizada por dor ao nível da coluna cervical (região do pescoço) que pode ser desde uma dor leve local e uma sensação de cansaço, até uma dor mais forte e limitante. Ela é uma causa comum de dor na população em geral e acomete cerca de 12% a 34% dos adultos em alguma fase da vida, com maior incidência no sexo feminino, trazendo prejuízos nas suas atividades de vida diária.
A coluna cervical possui grande capacidade de movimentação o que nos permite realizar movimentos de girar, estender para trás ou flexionar para frente e inclinar para os lados. A realização desses movimentos é possível, graças a harmonia das estruturas que compõem esta parte da coluna (ossos, ligamentos, articulações, músculos, etc) e das regiões relacionas direta ou indiretamente a ela.
CAUSAS
A região cervical possui conexão com diversas partes do corpo, como a região dos ombros, das costas, a lombar, a cabeça, os músculos da respiração, os pulmões e outros órgãos internos.
Esta patologia raramente começa de uma hora para a outra, comumente ela surge de forma lenta e gradual podendo estar relacionada com movimentos bruscos, longa permanência em uma mesma posição, má postura, problemas na articulação da mandíbula, problemas visuais, estresse ou tensões emocionais, cirurgias, ou trauma/quedas (chicotes cervicais que ocorrem em acidentes de transito mesmo sem um machucado aparente), osteófitos e degenerações (bico de papagaio, artrite, artrose) e hérnias de disco.
SINTOMAS
O paciente com cervicalgia costuma adquirir uma atitude de defesa e rigidez dos movimentos, pode ocorrer também:
- dificuldade na movimentação normal do pescoço;
- dor durante a palpação da musculatura do pescoço,
- sensação de peso nos ombros e parte alta das costas (podendo ser acompanhada de ardência);
- crepitações (sensação de que existe areia entre as vértebras);
- dores de cabeça;
- cervicobraquialgia – dor irradiada para o braço e mão – (causando formigamentos, perda de força, sensação de dormência, etc) devido a uma compressão do nervo na própria coluna que gera uma inflamação do mesmo (podendo estar relacionado com hérnias de disco cervical) ou em alguma parte do seu trajeto (síndromes do desfiladeiro)
TRATAMENTO
A fisioterapia, como tratamento conservador, dispõe técnicas manuais (como é o caso da osteopatia) que podem proporcionar o alívio da dor, restabelecendo as propriedades estruturais e funcionais do tecido afetado reduzindo as obstruções e assim impedindo as sobrecargas na região.
Com o tratamento osteopático e tratamentos de reconstituição músculo articular, após uma avaliação criteriosa a fim de identificar o real motivo que está causando a dor, busca-se recuperar a função mecânica e fisiológica dos sistemas corporais, devolvendo a harmonia e equilíbrio das estruturas através de técnicas de manipulação e mobilização articular, relaxamento muscular e tração eletrônica ou manual.
Cada pessoa manifesta a cervicalgia de uma maneira única, razão pela qual a dor é referida e experimentada em cada paciente de uma maneira diferente e portanto merece um tratamento individualizado e especifico para atuar na causa da dor e assim eliminar ou minimizar o problema.
Ana Paula S. Gobo – Fisioterapeuta (CREFITO 215176-F)
Graduada em Fisioterapia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, Formação em Terapia Manual pelo ITAP, Pós-Graduanda em Osteopatia pela Escola de Osteopatia de Madrid, Fisioterapeuta do ITC Vertebral – Unidade Blumenau
(47) 3066-1330 / 99124-7181
E-mail: blumenau@itcvertebral.com.br