Desde que foi inaugurada, no dia 22 de novembro de 2022, ninguém alugou as salas comerciais da Rosenplatz, ou a Praça das Rosas, localizada atrás da Secretaria Municipal de Cultura e Relações Institucionais (SMC). O local fica no início da Rua 15 de Novembro, uma das áreas mais nobres de Blumenau.
O projeto inicial, previa um café, lojas de artesanato e de souvernirs, que seriam concedidos para a iniciativa privada explorar. Ficou bonito, e a praça ainda conta com paisagismo, arquibancada para eventos, estacionamento, além das salas comerciais. A expectativa é que os R$ 2.225.759,75 seriam bem investidos e virasse uma opção turística.
O vereador Diego Nasato, do Partido NOVO, discorda sobre o uso do dinheiro público para essa obra e protocolou nesta semana uma denúncia junto ao Ministério Público. Ele questiona a situação do local, que por enquanto só causou despesas e não obteve o retorno desejado.
“Na prática, esse investimento milionário se converteu em apenas um estacionamento rotativo aos servidores da Secretaria de Cultura e está completamente desconectado das reais demandas da população”, afirma Nasato.
Quando foi inaugurada em 2022, as propostas mínimas para locação foram de R$ 1.500,00 para o espaço de venda de artesanato, e R$ 2.500,00 para o quiosque que pode abrigar uma cafeteria, além de taxas administrativas. O prazo da concessão seria de um ano, prorrogável por até 60 meses, para ambas as operações. Somente uma empresa se interessou, mas depois acabou desistindo.
Para o vereador, a situação evidencia falta de planejamento e consideração pelas reais demandas da cidade. Nasato também acha que isso indica que o setor público não alinhou suas expectativas com a classe empresarial, que por sua vez não demonstrou interesse pela estrutura.
“Certamente o baixo fluxo de pessoas transitando pelos fundos da prefeitura antiga fez com que nenhum empresário se arriscasse em negócios ali. Parece que a prefeitura não sentou para conversar com possíveis interessados antes de gastar milhões nesse empreendimento”, diz o vereador.
A expectativa de Nasato com essa denúncia é que Poder Executivo e Ministério Público firmem um termo de ajustamento de conduta para que essas salas sejam de fato utilizadas imediatamente, cumprindo sua função de entregar qualidade de vida à população.
“É inadmissível que, em tempos de necessidades tão urgentes em diversas áreas, sobretudo no abastecimento de água, um serviço essencial, recursos sejam destinados a projetos que não servem ao bem comum”, ressaltou Nasato.