Verão: diversão que pode virar tragédia sem os devidos cuidados

Três crianças perderam a vida em locais longe das praias catarinenses na última semana de novembro.

Foto: SECOM/SC

O verão é sinônimo de descontração, alegria e momentos inesquecíveis em família. Mas, sem atenção e cuidados, essa estação pode rapidamente se transformar em um período marcado por tragédias. Nos últimos dias de novembro (2024), três crianças perderam a vida em acidentes por afogamento em Santa Catarina, todos ocorridos em áreas residenciais, longe das praias.

O alerta é reforçado pelo Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), que registrou, entre 26 de novembro e 2 de dezembro, além dos óbitos, 41 salvamentos realizados por guarda-vidas em diferentes regiões do estado. Os números são um lembrete da importância de medidas preventivas e de atenção redobrada, especialmente com as crianças.

 

O perigo onde menos se espera

Segundo a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (SOBRASA), o afogamento é a segunda maior causa de morte acidental de crianças entre 1 e 4 anos no Brasil. Em 90% dos casos, o perigo está dentro de casa, em quintais, sítios ou ambientes familiares. Os episódios registrados recentemente em Santa Catarina mostram como o risco pode estar mais próximo do que se imagina.

Em Jaraguá do Sul (SC), um menino de 3 anos foi encontrado em um lago ornamental após os familiares perceberem sua ausência durante um almoço em um sítio. Apesar da chegada do Samu, ele já estava sem vida.

Outro caso ocorreu na região de Tubarão (SC), onde uma menina de 1 ano e 7 meses caiu na piscina de uma vizinha. Apesar das tentativas de ressuscitação que duraram quase duas horas, a criança não resistiu.

Em uma terceira ocorrência, uma menina de 1 ano e 6 meses sofreu afogamento em uma banheira enquanto a mãe, que morava sozinha com a filha, realizava tarefas domésticas. Em todas essas situações, bastaram poucos minutos de distração para que a tragédia acontecesse.

Medidas simples para evitar tragédias

Os episódios destacam que, embora inevitáveis em alguns casos, muitas dessas tragédias podem ser prevenidas com atitudes simples:

  • Piscinas: Instalar cercas, capas ou telas de proteção e manter portões trancados.
  • Lagos e açudes: Restringir o acesso com cercas e orientar as crianças sobre os riscos.
  • Banheiras e recipientes pequenos: Esvaziar imediatamente após o uso e nunca deixar crianças sozinhas.
  • Praias: Escolher locais com guarda-vidas e respeitar as bandeiras de sinalização.

Além disso, o CBMSC reforça que ações educativas, como o Programa Golfinho, têm sido realizadas para conscientizar crianças e suas famílias sobre a segurança em ambientes aquáticos.

Como agir em emergências

Se um acidente ocorrer, o mais importante é manter a calma e acionar o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193. Evite tentar resgatar uma vítima sem conhecimento técnico para não colocar mais vidas em risco.

O verão é uma estação de possibilidades e alegria, mas requer atenção constante, especialmente com os pequenos. Vigilância ativa e prevenção são o melhor caminho para garantir que essa temporada seja lembrada pelos bons momentos e não pelas tragédias que poderiam ser evitadas.


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